Minutos depois de as projeções apontaram a reeleição de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos, o democrata comemorou a vitória em sua conta no Twitter e postou uma foto em que aparece abraçando a mulher, Michelle.
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“Nós estamos todos juntos nisso. É assim que nós fizemos campanha, e é assim que somos”, afirmou o presidente reeleito, “Isso aconteceu por causa de vocês. Muito Obrigado”, completou.
Obama é o segundo presidente democrata a obter a reeleição desde a Segunda Guerra Mundial, depois de Bill Clinton.
Multidões por todo o país explodiram em alegria quando as principais redes de televisão deram a vitória de Obama (a partir de projeções) com pelo menos 274 votos no Colégio Eleitoral, quatro além do necessário para derrotar o ex-governador Romney.
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Obama, que fez história em 2008 ao ser o primeiro afro-americano eleito presidente dos Estados Unidos, sob o lema de mudança e esperança, terá diversos desafios em seu segundo mandato, diante de uma economia que se recupera lentamente de sua pior crise em décadas.
O presidente governará com os republicanos mantendo a maioria na Câmara dos Representantes, mas com um Senado sob o controle democrata, que antecipa a persistência do impasse político.
Os republicanos, que obtiveram o controle da Câmara dos Representantes durante as eleições de metade de mandato em 2010, com uma vantagem de 25 assentos em relação aos democratas (sobre o total de 435), devem manter esta margem, segundo as redes de televisão americanas.
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No Senado, os democratas devem manter sua apertada maioria.
Quando Obama chegou na tarde de terça-feira ao seu escritório, sob intensos aplausos de assessores, tirou o casaco azul e o pendurou no encosto da cadeira, saindo a disparar telefonemas triunfantes. Mais de 12 horas depois, por volta de 2h15min desta quarta-feira, ele asseguraria mais um mandato de quatro anos na Casa Branca, conforme previsões das redes CNN e MSNBC.
Talvez ele estivesse pensando em alguns episódios ocorridos nos últimos dias, na fase decisiva da campanha presidencial: o aumento de 2% no Produto Interno Bruto (PIB) trimestral, o desemprego que mostrava estar sob controle ao baixar de 8% para 7,8% e depois 7,9%, e a boa imagem que deixara ao enfrentar os efeitos do furacão Sandy.
A economia, tão usada pelo republicano Mitt Romney, seu adversário na corrida presidencial, para suplantar Obama, dava sinais de reação, e isso poderia fazer a diferença em uma eleição tão disputada. Era como tirar a arma do adversário em um duelo e deixá-lo inerte.
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De mais a mais, além da economia dando sinais de estar controlada, houve o Sandy e a oportunidade de o presidente-candidato se mostrar mais presidente do que candidato. Deixou de lado a campanha e pensou no povo que representa, mostrando um desprendimento bem ao gosto do eleitor médio, sedento de proteção.
Tanta confiança Obama tinha, amparado em tantos fatores de última hora, que ontem, no calor do fechamento das urnas, chegou a lembrar de Romney, em uma atitude magnânima, típica dos vencedores.
– Quero dar os parabéns ao governador (Mitt) Romney pela campanha entusiasmada. Sei que seus simpatizantes também estão entusiasmados, trabalhando duro hoje (ontem) – comentou, para surpresa dos seguidores.
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