O presidente Barack Obama deu a entender que os americanos podem esperar cortes no orçamento se reeleito em novembro, e assegurou que alguns programas de gastos são notáveis, mas estão fora de alcance, em uma entrevista à CBS transmitida neste domingo.

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Em uma tentativa de conter as críticas republicanas sobre o aumento da dívida pública para 16 bilhões de dólares durante o seu governo, Obama disse que um orçamento equilibrado foi o primeiro passo para resolver os problemas fiscais e que isso pode significar o corte de despesas.

– Existem alguns programas que são notáveis, mas não estão ao nosso alcance neste momento. Tenho vontade de fazer mais nessa frente – afirmou Obama em um trecho de uma entrevista com a CBS News, e apontou que um corte de um bilhão de dólares já foi concretizado.

– E ainda há desperdício, ainda existem programas que não funcionam – acrescentou o presidente.

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A menos de 60 dias para a eleição presidencial, Obama lidera as pesquisas de opinião nos estados-chave, mas ainda há indecisos. Seu adversário republicano Mitt Romney procura contornar a situação aproveitando-se dos números ruins sobre o emprego.

Os republicanos atacaram Obama por ter acrescentado mais de cinco bilhões de dólares à dívida nacional desde que tomou posse em 2009.

A dívida era de 10,6 trilhões de dólares quando entrou na Casa Branca, mas com a implementação de um plano de estímulo econômico, focado em tirar o país da depressão, a dívida aumentou, contrariando o compromisso presidencial.

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Já Obama criticou Romney por se recusar a aumentar os impostos sobre os ricos e defendeu sua estratégia econômica.

– Se voltarmos aos níveis de impostos para pessoas que ganham mais de 250 mil dólares por ano, se voltarmos para as tarifas que tínhamos com Bill Clinton, podemos fechar o déficit, estabilizar a economia, mantendo taxas baixas para as famílias da classe média, e dar garantias para o que todos nós estamos procurando – prometeu Obama.

Além disso, afirmou que o problema com o plano de Romney “é a matemática, ou a aritmética que, como disse o presidente (Bill) Clinton, não é uma soma”, em referência ao último discurso do ex-presidente na Convenção Nacional Democrata.

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Clinton disse na convenção que o plano republicano para cortar cinco bilhões de dólares significará que “eles vão ferir a classe média e os pobres”, enquanto baixam os impostos sobre os ricos.

Ele acrescentou que “eles só vão fazer o que eles vêm fazendo há mais de 30 anos, entrarão e cortarão mais impostos do que cortarão gastos … e só vão explodir a dívida e enfraquecer a economia”.

Obama argumentou que seu antecessor, George W. Bush, aprofundou a dívida pública, impondo cortes radicais das taxas e lançando guerras no Iraque e no Afeganistão.

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