Os presidentes de Estados Unidos e Cuba, Barack Obama e Raúl Castro, protagonizaram um histórico encontro nesta sexta-feira, na abertura da Cúpula das Américas do Panamá, após mais de cinco décadas de congelamento nas relações entre os dois países.
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– Na Cúpula das Américas, esta noite, o presidente Obama e Raúl Castro se cumprimentaram com um aperto de mãos – revelou a porta-voz do Conselho de Segurança americano Berndette Meehan.
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Obama e Raúl Castro se sentaram na segunda das três fileiras, separados apenas pelos presidentes de Equador, Rafael Correa, e de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén, no Centro de Convenções Atlapa, onde a Cúpula foi inaugurada com a presença dos líderes dos 35 países da região.
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– Esta Cúpula do Panamá tem um conteúdo especial (…), é a primeira vez na história das Américas que se reúnem na mesma mesa os 35 chefes de Estado e de Governo – afirmou em seu discurso o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, ao chamar o encontro de “histórico”.
Obama e Castro conversaram por telefone antes da Cúpula das Américas
Entre os aplausos dos presidentes, Insulza saudou a aproximação de Estados Unidos e Cuba visando a normalização das relações, anunciada por Obama e Castro em 17 de dezembro passado. “O diálogo é o melhor caminho para se resolver as divergências”.
Obama e Castro manterão no sábado uma reunião bilateral, na primeira conversa direta de um presidente dos Estados Unidos com um presidente de Cuba desde 1956, entre Dwight Eisenhower e Fulgencio Batista, também no Panamá.
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Na noite de quinta-feira, o secretário americano de Estado, John Kerry, se reuniu com o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, no primeiro encontro bilateral de alto nível em mais de 50 anos.
Um funcionário da diplomacia americana destacou avanços no encontro histórico.
– O secretário Kerry e o ministro cubano das Relações Exteriores Rodriguez tiveram uma prolongada e construtiva conversa. Ambos concordaram que foram feitos progressos e que continuaremos trabalhando para resolver os temas pendentes – disse a fonte do Departamento de Estado.
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O encontro anterior entre os chefes da diplomacia de Washington e Havana remontava a setembro de 1958, lembraram funcionários americanos.
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* AFP