O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, é “bem-vindo” a Cuba, mas não para discutir questões políticas internas da Ilha, afirmou uma alta funcionária cubana nesta quarta-feira.

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No início da semana, Obama disse em entrevista que está “muito interessado” em visitar Cuba, sempre e quando Havana apresentar progressos “nas liberdades dos cubanos”.

“No dia em que o presidente dos Estados Unidos decidir vir a Cuba será bem-vindo (…), mas não vai negociar questões inerentes ao ordenamento interno do país em troca de uma melhoria ou da normalização das relações com os Estados Unidos”, disse Josefina Vidal, responsável da chancelaria cubana para Washington.

Vidal destacou que Cuba não pede aos Estados Unidos que modifiquem coisas que não agradam os cubanos, como a liberdade de possuir armas, por exemplo.

“Todo país pode ter sua opinião sobre o que ocorre com outro, mas isto não lhe dá o direito de pressionar por mudanças”, acrescentou a funcionária.

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Após cinco décadas de afastamento, Washington e Havana iniciaram há um ano um processo de aproximação que permitiu a reabertura de embaixadas e avanços em diversas áreas.

Mais cedo, Vidal anunciou que Cuba e Estados Unidos obtiveram “progressos importantes” no propósito de retomar seus voos comerciais, e que “em breve” divulgarão um “acordo preliminar”.

Os voos comerciais entre Cuba e Estados Unidos foram cancelados há 53 anos, mas desde meados dos anos 70 estão autorizados os voos charter, sob certas condições.

ag-vel/lr