O presidente americano, Barack Obama, considera ordenar ataques aéreos contra os extremistas sunitas do grupo Estado Islâmico (EI) no norte do Iraque e enviar ajuda alimentar para vítimas sitiadas, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira.
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Raízes da atual crise no Oriente Médio estão na invasão norte-americana
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Citando funcionários da Casa Branca, veículos da imprensa americana informaram que Obama considerava opções militares depois que jihadistas do EI atacaram comunidades das minorias cristã e yazidi.
– Pode ocorrer uma catástrofe humanitária lá – declarou um alto funcionário ao New York Times, alertando que uma decisão sobre ações militares deve ser tomada de forma “iminente”.
– Isso pode ser um trem em rápido movimento – complementa, a respeito das medidas a serem tomadas por Washington.
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Obama chegou ao poder determinado a acabar com o envolvimento militar dos Estados Unidos no Iraque e, em seu primeiro mandato, supervisionou a retirada da grande força terrestre mobilizada no país árabe desde a invasão americana de 2003. Porém, avanços recentes do EI o obrigaram a enviar conselheiros militares de volta à capital iraquiana para avaliar a situação.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai realizar uma reunião de emergência sobre a crise ainda nesta quinta-feira e a França prometeu apoio às forças envolvidas na batalha contra o EI.
Jihadistas tomam regiões povoadas por cristãos e yazidis
Em uma ofensiva que já dura dois meses, o grupo ultrarradical continua avançando no país, ao lado de facções sunitas aliadas, principalmente as forças do governo xiita do primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, e os peshmerga, como são chamados os combatentes da região autônoma curda do país.
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No fim de junho, o grupo proclamou um califado abrangendo áreas controladas pelos rebeldes na Síria e no Iraque e tomou o controle da cidade de Mossul. Nos últimos dias, os ultrarradicais tomaram localidades povoadas por cristãos e yazidis.
Milhares de yazidis – integrantes de uma antiga minoria religiosa pré-muçulmana – foram expulsos da cidade de Sinjar por combatentes do EI.
Líderes religiosos iraquianos afirmam que militantes do Estado Islâmico obrigaram 100.000 cristãos a fugir de várias regiões e ocuparam igrejas, retirando as cruzes e destruindo manuscritos.
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*AFP