Num movimento distinto em relação a crises passadas entre israelenses e palestinos, os governos americano e britânico manifestaram hoje reservas diante de uma invasão terrestre da Faixa de Gaza.

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Em visita a Burma, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, culpou o Hamas pela crise e manifestou apoio ao direito de Israel de não ser atacado. Afirmou, em seguida, ser “preferível” atingir esse objetivo sem uma incursão por terra ao solo palestino.

– Israel tem todo direito de esperar que mísseis não sejam lançados contra seu território. Se pudermos conseguir isso sem o aumento da atividade militar em Gaza _ é preferível. Não é preferível apenas para as pessoas em Gaza. É também preferível para os israelenses, porque se tropas israelenses entram em Gaza, eles estão muito mais arriscados a morrer ou ser feridos. Vamos ver que tipo de progresso podemos fazer nas próximas 24, 36, 48 horas.

Em tom semelhante, o ministro do Exterior britânico, William Hague, disse à rede de TV Sky News que uma invasão terrestre da Faixa de Gaza faria Israel perder a compaixão e o apoio internacional. Segundo o ministro, é muito mais difícil limitar as baixas civis em um ataque por terra e uma ação como essa iria ameaçar prolongar o conflito. A Grã-Bretanha já disse que o Hamas tem a principal responsabilidade pela crise em razão dos constantes ataques com foguetes contra o território israelense. Mas Hague disse que seria difícil para a comunidade internacional manter o apoio a Israel se o país lançar uma operação por terra.

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– Isso, é claro, é uma proposta diferente – afirmou.

E acrescentou:

– O primeiro-ministro David Cameron e eu ressaltamos para os nossos homólogos israelenses que uma invasão terrestre em Gaza faria Israel perder muito da compaixão e do apoio internacional que tem nessa situação.