O presidente de Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta terça-feira ao povo americano para não temer o futuro, apesar das incertezas, no discurso do Estado da União pronunciado no Congresso em Washington.
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Segundo Obama, os americanos “vivem uma época de mudanças extraordinárias e gostemos ou não, o ritmo destas mudanças vai se acelerar”.
Os Estados Unidos “já passaram por mudanças importantes no passado – guerras, recessões, chegada de imigrantes, lutas sindicais e pelos direitos civis – e sempre há aqueles que nos dizem que devemos ter medo do futuro (…), mas todas as vezes superamos estes medos”.
“O futuro que queremos (…) está ao alcance, mas apenas chegará se trabalharmos juntos, se realizarmos debates racionais e construtivos”. “Isto ocorrerá apenas se corrigirmos os defeitos da nossa política”.
“Muito do que podemos fazer passa pela mudança do clima político e da atitude das pessoas”, disse Obama, recordando os lemas de sua campanha “mudança” e “esperança”.
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O presidente reafirmou que “os Estados Unidos ainda são o país mais poderoso do mundo”, destacando que “as versões sobre sua decadência econômica, diplomática ou militar são apenas fumaça”.
“Os discursos sobre a decadência econômica americana são fumaça política, assim como toda a retórica sobre nossos inimigos tornando-os mais fortes e os Estados Unidos, mas fracos”. “Os Estados Unidos são a mais poderosa nação do mundo. Ponto”.
Obama reconheceu que o grupo jihadista Estado Islâmico representa um perigo para os civis e deve ser contido, mas afirmou que não é uma ameaça à “existência nacional” dos Estados Unidos.
A ameaça aos EUA “é o que Estado Islâmico quer contar, esta é a propaganda que usa para recrutar”, mas não existe “isto de que é a Terceira Guerra Mundial”.
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Em outro trecho do discurso, Obama revelou que sua administração iniciará um novo e descomunal esforço para encontrar a cura do câncer, com a mesma determinação que há 60 anos se decidiu levar o homem à Lua.
“Em nome das pessoas que amamos e que perdemos e pelos familiares que ainda podemos salvar, façamos dos Estados Unidos o país que vai curar o câncer de uma vez e para sempre”, desafiou o presidente.
Obama voltou a pedir que o Congresso suspenda finalmente o embargo econômico e financeiro a Cuba, aplicado há meio século.
O presidente lembrou que “50 anos de isolamento de Cuba fracassaram em promover a democracia e nos atrasaram na América Latina”. “Por este motivo, iniciamos o processo para restabelecer as relações diplomáticas.
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“Vocês querem consolidar nossa liderança e credibilidade no hemisfério? Então reconheçamos que a Guerra Fria acabou. Levantem o embargo sobre Cuba”.
O presidente defendeu ainda o fechamento da base militar de Guantánamo, em Cuba, que é “cara e desnecessária”, e serve apenas (de propaganda) para recrutar inimigos.
A liderança que os Estados Unidos precisam “depende do poder do nosso exemplo. É por este motivo que continuarei trabalhando pelo fechamento da prisão de Guantánamo. É cara de desnecessária, e serve apenas como atrativo para recrutar nossos inimigos”.
afp/lr