O presidente Barack Obama afirmou que a América está diante da “escolha de uma geração”, no discurso pronunciado nesta quinta-feira, na Convenção Nacional Democata, no qual aceitou a indicação para enfrentar o republicano Mitt Romney na disputa pela Casa Branca.
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– Aceito vossa indicação para a função de presidente dos Estados Unidos”, afirmou Obama para milhares de partidários reunidos no Time Warner Cable Arena.
– Quando vocês pegarem aquela cédula para votar, vocês estarão diante da escolha mais clara de uma geração. Nos próximos anos, grandes decisões serão tomadas em Washington, sobre emprego, economia, impostos, déficit, energia e educação, guerra e paz; decisões que terão consequências enormes sobre nossas vidas e a dos nossos filhos no futuro.
O presidente fez um discurso realista no qual disse que o caminho não é rápido ou fácil:
– Não vou dizer que o caminho que estou oferecendo a vocês é rápido ou fácil. Eu nunca o fiz. Vocês não me elegeram para lhes dizer o que queriam ouvir. Vocês me elegeram para lhes dizer a verdade. E a verdade é que levará mais do que alguns anos para superarmos os desafios que se acumularam por décadas.
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Esperança
Obama voltou a usar a palavra esperança para pedir o voto dos eleitores:
– A esperança, e não o otimismo cego, esperança diante de incerteza, mesmo quando a estrada é longa (…) é colocada em teste com a situação econômica (…) e muitas vezes a verdade fica enterrada sob uma avalanche de propaganda quando disputamos eleições – alertou Obama, antes de afirmar que “nossa luta é para restaurar os valores da maior classe média e da maior economia que o mundo já conheceu”.
Obama lembrou que seu avô lutou na guerra enquanto sua avó trabalhava em uma fábrica em um país no qual “todos sabiam fazer parte disto”, onde todos tinham uma “chance justa e agiam pelas mesmas regras”.
– Me candidatei porque vi esta proposta desandar, quando os empregos começaram a sair do país, quando o castelo de cartas das hipotecas imobiliárias desabou e o desemprego cresceu.
Para Obama, os republicanos fazem críticas, mas não dizem como consertar a situação. Isso, segundo ele, porque os adversários oferecem a mesma receita de “30 anos atrás”.
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– Eles querem seus votos, mas não querem revelar o que pretendem fazer.
– Eu cortei impostos para os que precisavam, famílias de classe média, pequenos negócios, mas não acredito que reduzir os impostos (para os mais ricos), demitir professores, vai ajudar o nosso pais (…). Regulamentar Wall Street também não vai ajudar as pequenas empresas, isto não vai ajudar os negócios, já fizemos isto e está na hora de olhar para frente.
Impostos
Obama defendeu mais impostos para quem ganha acima de 250 mil dólares por ano e desafiou os republicanos a baixar o déficit reduzindo impostos para os mais ricos.
– Me recuso a concordar com isto, me recuso a pedir às famílias de classe média que paguem mais impostos, aos estudantes que paguem mais pela faculdade para reduzir impostos dos mais ricos”.
Em um discurso centrado na economia, o presidente usou a morte do líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, seu maior sucesso na área de Inteligência, para afirmar:
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Osama Bin Laden está morto e a General Motors vive.