Senti muita tontura, uma fraqueza enorme e uma dor muito forte no seio. Fui ao médico e em pouco tempo tive o diagnóstico: “você está com câncer!” Levei um susto.
Continua depois da publicidade
Segunda-feira estava consultando e na quarta-feira já fazendo quimioterapia. Fiquei arrasada. Fiz todos os exames, pois o tumor crescia muito rápido, era rígido e empedrado. Mas eu só tinha uma escolha: fazer o tratamento e levantar a cabeça. Tive muito apoio do meu marido, que me cuidou com o maior carinho e dedicação, e de meus filhos.
Foram 12 intermináveis sessões de quimioterapias em 2010 e a retirada radical da mama esquerda. A amputação me levou ao fundo do poço.
Foi quando fui para o Grupo de Apoio à Mulher Mastectomizada (Gama) do Cepon. Lá eu vi que não era só eu. Umas mais fragilizadas, outras menos, algumas já curadas. Foi uma superação perceber que era possível sobreviver só com uma mama. Hoje eu tenho a certeza de que receber um diagnóstico de câncer é ter a certeza que há medicamentos que podem curar.
Continua depois da publicidade
Ter fé também é importante. Fiz um tratamento no núcleo do Nosso Lar no Ribeirão da Ilha, em Florianópolis, que me ajudou a entender o porquê de eu ter tido a doença.
Hoje, aos 52 anos, tenho algumas limitações, mas estou bem. Já digo que estou curada, e meu propósito é poder ajudar como voluntária nas campanhas contra o câncer, principalmente no Outubro Rosa.
Minha mensagem é: prevenir ainda é o melhor remédio. Vivo hoje um dia de cada vez, tenho qualidade de vida e uma alimentação saudável. Mudei totalmente a forma de encarar a vida, pois tenho tempo para prestar atenção em mim. Renasci e me tornei um ser humano muito melhor.
Continua depois da publicidade