A ideia de que mascar chiclete pode esculpir a mandíbula ganhou espaço nas redes sociais, onde muitos afirmam que esse hábito simples ajuda a conquistar um contorno facial mais marcado.

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A prática é vendida como uma forma fácil de fortalecer músculos mastigatórios e, por consequência, realçar a linha mandibular.

No entanto, especialistas em saúde bucal e estética apontam que essa crença não se sustenta em evidências sólidas. O formato da mandíbula está mais ligado a fatores genéticos, distribuição de gordura e características ósseas do que ao ato de mastigar goma.

Embora exista algum fortalecimento muscular, ele não é suficiente para provocar mudanças significativas na aparência do rosto.

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O que a mastigação do chiclete pode de fato modificar

Pesquisas indicam que mascar chiclete regularmente pode aumentar a força da mordida e tonificar o músculo masseter, responsável pelos movimentos mastigatórios.

Em alguns estudos, participantes que mastigaram goma por semanas tiveram ganhos na resistência ao mastigar, especialmente aqueles com formatos faciais mais alongados.

Apesar desses efeitos, não houve alteração perceptível no desenho da mandíbula. O fortalecimento é real, mas ele ocorre em nível funcional, sem transformar ossos ou eliminar gordura localizada no rosto.

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Assim, ainda que a mastigação traga benefícios modestos, não se confirma como uma solução estética eficaz.

O que dizem médicos e dentistas sobre a prática

Profissionais de odontologia, dermatologia e estética ressaltam que falta respaldo científico para associar o chiclete a uma mandíbula mais definida.

O hábito pode tonificar um pouco os músculos, mas não tem impacto na gordura ou na estrutura óssea, que são os verdadeiros determinantes do contorno facial.

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Além disso, mascar gomas muito duras ou de maneira exagerada pode trazer efeitos indesejados.

Entre eles estão dores na articulação temporomandibular, desgaste dentário, dores de cabeça e até fraturas. Em vez de benefícios estéticos garantidos, a prática pode acabar gerando complicações para a saúde oral.

A estética facial vai além do fortalecimento do masseter

O contorno do rosto depende de um conjunto de fatores que não podem ser alterados apenas com exercícios de mastigação.

Genética, acúmulo de gordura e elasticidade da pele exercem papel mais relevante que a força dos músculos mastigatórios. Por isso, mudanças perceptíveis exigem abordagens que atuem em diferentes frentes.

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Outra questão levantada por especialistas é que o aumento do masseter pode, em alguns casos, deixar a face mais larga ou quadrada. Isso significa que, em vez de afinar, a mastigação excessiva pode gerar um efeito contrário ao que muitas pessoas buscam.

Caminhos seguros para quem deseja realçar a mandíbula

Para obter resultados visíveis, profissionais recomendam hábitos que contribuem de forma geral para a saúde e a estética, como manter uma alimentação equilibrada, controlar o peso corporal e cuidar da pele.

Essas medidas impactam positivamente na definição do rosto de forma mais consistente.

No campo estético, existem alternativas com eficácia comprovada, como o uso de toxina botulínica para relaxar o masseter, preenchimentos para harmonizar contornos, tratamentos de radiofrequência e lifting com fios.

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Em situações mais intensas, a cirurgia plástica pode ser indicada, sempre sob orientação médica especializada.

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