No meio da tarde da última terça-feira, dia 17, quando encontrou os colunistas Ânderson Silva e Upiara Boschi para a entrevista no Jardim Botânico de Florianópolis, o prefeito reeleito Gean Loureiro (DEM) ainda tinha 2,3 mil mensagens não lidas em seu telefone celular. Eram felicitações para quem conseguiu o que a política da Capital não via há 20 anos: uma vitória ainda no primeiro turno para a prefeitura.

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– Sempre tive meus whatsapp em dia, agora desisti. Vou ter que tirar um fiM de semana – disse o prefeito da Capital. 

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Colocar as mensagens em dia, no entanto, é um dos menores desafios do prefeito escolhido por 126 mil eleitores de Florianópolis, maior marca da história em uma eleição marcada pela votação abaixo do esperado dos adversários e por alta abstenção. A meta de Gean Loureiro é manter no segundo mandato o ritmo do primeiro – evitando falar da possibilidade de abreviar o comando da prefeitura em 2022 em nome de um projeto estadual.

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Na conversa com os colunistas da NSC, falou de política, de projetos, de obras, do combate à pandemia do coronavírus, mas também dos momentos pessoais mais difíceis de seus primeiros quatro anos de mandato: a prisão por um dia pela Polícia Federal na Operação Chabu e a acusação de estupro por uma ex-funcionário comissionada em um gabinete da prefeitura. No primeiro caso, foi inocentado. No segundo, aguarda a conclusão do inquérito e jura ter sido vítima de uma armação com fins políticos. No tribunal da urna, foi inocentado.

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Confira a entrevista com Gean Loureiro, prefeito de Florianópolis: 

O senhor venceu em primeiro turno em Florianópolis, o que não acontecia há 20 anos. A que credita uma vitória dessa dimensão em meio a uma pandemia?

Foi a avaliação do eleitor de que o trabalho deveria continuar e de que tinha gestão e tinha entrega. Ele não votou em partido, ele votou em um prefeito trabalhador e que estava conseguindo dar conta na cidade. Não votou porque eu sou do DEM, votou para continuar o trabalho que vinha sendo feito. Quando eu digo que o trabalho venceu a política é porque antigamente tu juntavas quatro partidos e sabia quem ia ganhar a eleição. Nesta eleição somaram-se os políticos e somaram-se as rejeições. As pessoas não queriam mais os partidos, queria o trabalho. Enquanto eu falei de propostas, eles falaram de política. Enquanto eu fiz campanha limpa e propositiva, do outro lado veio campanha suja e armação. A população rejeitou isso.

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Claro que eu não esperava uma eleição de turno único, eram dez candidatos. Candidatos de extrema-direita, extrema-esquerda, sempre morde um pouco. Agora, tanto a avaliação da gestão estava muito alta, quanto a gestão da pandemia. Isso permitiu que meu teto ficasse mais alto. Quando começou a campanha, o que as pessoas mais diziam para mim era que não sabiam que eu tinha feito tal obra em tal lugar. A pandemia deixou todo mundo muito restrito a seu ambiente. Quando começou a passar na TV o programa ou viram na internet, viram que fiz obra em tudo quanto era lugar.

Confira respostas exclusivas do prefeito Gean no vídeo

Algo que é recorrente em um segundo mandato é ele ser mais difícil ou pior avaliado do que o primeiro. Como pretende fugir das armadilhas do segundo mandato?

Geralmente isso acontece por um desgaste pessoal, cansaço de administrar. No meu caso, estou com a pilha alcalina renovada. Vou chegar com mais vontade ainda. E diferente de 2017, porque primeiro ano eu tive que arrumar a casa. O início do segundo também. O governo com obra começou mesmo em 2019. O meu segundo mandato começa mais planejado. Já tenho recurso assegurado, orçamento preparado por mim, tenho contratos estabelecidos, sei as demandas da cidade e nem preciso esperar dia primeiro (de janeiro de 2021), já comecei ontem (segunda-feira). Nem comecei, é continuidade. Minha campanha era tocar a prefeitura. Agora é só continuar, já com novo vice. O Topázio (Silveira Neto, do Republicanos) já participou da reunião do secretariado.

O senhor foi ousada politicamente ao trocar o vice, que hoje é João Batista Nunes (PSDB). Uma operação que lhe fez perder o PSDB na coligação. Ou seja, o senhor quis muito que Topázio Neto fosse seu vice. O que esperar dessa nova parceria? 

Um resultado de trabalho mais efetivo. O grande desafio que vamos ter é a geração de oportunidades e empregos em função do que a pandemia atingiu a economia. Nesse quesito, ele é uma pessoa muito preparada. Não só porque tem 12 mil empregados, mas principalmente porque a empresa dele tem os melhores programas de qualificação e educação para os funcionários. É um cara muito preparado. Quando conversamos sobre ele ser candidato, não dei garantia, disse que era uma construção política. Ele ficou três meses com o professor Cesar Pasold fazendo curso de política. Passa uma missão para ele e ele volta com tudo organizadinho. Não teve sucesso na iniciativa privada à toa.

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Ele será secretário no seu governo?

Não, ele mesmo optou por tocar projetos especiais. Vai se dividir comigo. Sou um pouco centralizador, cuido de tudo. Mas sei que se delegar determinadas tarefas, ele tem capacidade de assumir. Diferente do que eu tinha no primeiro mandato, pelo perfil.

Prefeito de capital reeleito, ainda mais em primeiro turno, é candidato natural a vaga na majoritária da eleição estadual. Nesse cenário, Topázio seria prefeito em 2022. Como avalia essa especulação?

Ele sabe que isso não está nos planos. Eu não tenho um planejamento para disputar eleição daqui dois anos. Meu planejamento é tocar os quatro anos. Vou dizer uma coisa para vocês. Sonhei ser prefeito, programei a vida inteira para isso, lutei para isso. Lembro da primeira semana que assumi, o servidor querendo entrar em greve porque não tinha recebido salário do Cesar (Souza Junior, do PSD, ex-prefeito), eu vi as contas, tudo quebrado.

Pensei: “meu Deus, vou ser o pior prefeito que essa cidade já teve, sonhei tanto para chegar nisso”. Consegui mudar, hoje acho que consegui deixar um legado. Se eu cumprir um segundo mandato na plenitude, como fiz no primeiro, quero ser lembrado pelo legado que eu possa ter deixado para Florianópolis. 

Mas é inevitável que seu nome seja discutido nas eleições de 2022. O que o senhor vai levar em consideração?

Quero ser o protagonista do DEM. Vou assumir em janeiro a presidência estadual do partido. Vou participar da construção de um projeto político para Santa Catarina, disso eu não tenho como fugir. Sou uma liderança estadualizada, mesmo sendo prefeito de uma cidade. Vamos discutir. Mas volto a dizer, estou preparado para ser prefeito por quatro anos. Alguém pode dizer que lá na frente vão querer que eu seja. Eu não sei se vão dizer. E está tão sofrido as campanhas, está tão baixo nível, que não sei se minha família merece isso.

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O senhor assumindo o DEM-SC passa a ter essa tarefa de construir um partido que já foi muito forte e tradicional aqui no Estado, mas acabou esvaziado pela criação do PSD em 2011. Como prefeito de Capital, o senhor é a principal peça dessa reconstrução. Dá para levar o DEM de volta para o primeiro time da política catarinense?

Nosso objetivo é esse. Já ligou muita gente para mim depois da eleição, querendo fazer contato para vir para o DEM, sabem que é um novo projeto. A expectativa da gente participar do projeto, integrando ou não a majoritária, gera um conforto. O DEM nacional começou a mostrar o resultado de boas gestões. Todas as vitórias em primeiro turno foram resultado de boas gestões. Em Salvador, o Bruno Reis, foi reconhecimento de uma boa gestão, porque ele é vice-prefeito (de ACM Neto, também do DEM). O Rafael Greca em Curitiba, da mesma forma. Aqui em Florianópolis também.

Se o Eduardo Paes ganhar no Rio de Janeiro (disputa segundo turno contra o atual prefeito Marcelo Crivella, do Republicanos), a mesma característica, vai ser pelo período em que foi prefeito. O DEM traz um novo modelo de trabalhar, que queremos implementar aqui. Talvez nos últimos anos o DEM foi desidratando um pouco pela falta de articulação, expectativa de poder. Agora temos outra configuração. Se eu for a Maravilha, tenho espaço para falar, sou prefeito de Capital e não apenas um eventual dirigente de partido. Estou buscando construir essa articulação.

Somos um partido pequeno ainda. Elegemos sete prefeitos. Talvez possamos eleger o oitavo em Blumenau (João Paulo Kleinübing disputa com Mário Hildebrandt, do Podemos). A gente tem a condição de montar uma nominata forte para deputado estadual e federal e não vamos montar só com o time que está hoje, vamos montar com o time que vai agregar. Nisso eu fiz pós-graduação em Florianópolis: montar partido.

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O senhor falou do estilo político do DEM. É um estilo que tenta construir um caminho que não seja a esquerda e nem o bolsonarismo?

Não digo isso, porque tive voto da esquerda e da direita nesta eleição. Digo que é um governo de resultado. A população deixou muito claro de que muito mais do que ideologia quer um gestor capaz. Tem o radical de cá e o radical de lá e eles estão começando a avaliar se vale a pena isso. A eleição presidencial contamina um processo estadual, é uma característica que não acontece tanto nas eleições municipais, que discutem temas da cidade. A eleição do governo vai influenciar, tanto que a outra influenciou. Certo que o efeito Bolsonaro não vem mais com a mesma força, acho que nunca mais vai vir.

O senhor acha que a onda de ruptura de 2018 foi serenada pela eleição municipal?

Acho que sim, porque a eleição municipal discute muito os problemas locais, o cotidiano das pessoas, não são condições macro, o direcionamento econômico do país. As pessoas não falam com o presidente, mas falam com o presidente. Meu celular todo mundo tem o número, o cara manda um whatsapp e eu tenho que responder. 

O que achou da formatação da próxima legislatura da Câmara de Vereadores? O senhor sempre cuidou de perto dessa relação. Vai continuar assim ou delegar?

Estou tentando utilizar meu tempo para ter um resultado melhor. Hoje tenho pessoas muito experientes que trabalham com a Câmara e não é só o Everson Mendes (da Casa Civil), que faz essa função com maestria. A gente acabou montando os cinco partidos (que integram a coligação de Gean e que elegeram 13 dos 23 vereadores). Com a Câmara, eu não vou deixar de estar presente. Eu estou conversando com as pessoas, troquei mensagens com vereadores de oposição que se elegeram. Alguns têm posições mais radicais, que não permitiam o diálogo. Com Lela (PDT), com Rafael Daux (PP), eu não conseguia ter diálogo.

O senhor citou dois nomes que não se reelegeram. Acha que fazer oposição contundente ao senhor foi um problema para eles?

Não sei, acho que o resultado deles, eles têm que explicar. Para o ano que vem, a Câmara formou uma oposição vinculada à esquerda, hoje com quatro vereadores (três do PSOL e uma do PT), mais dois do PL. O Maikon Costa (PL, reeleito) já tem uma visão de oposição. A Maryanne Mattos (PL) já trabalhou comigo (foi chefe da Guarda Municipal), buscou outra posição, mas acho que vai ter um mandato mais propositivo. O Novo (uma eleita) vem com uma visão como era o Bruno Souza (ex-vereador, hoje deputado estadual pelo Novo). Ele votou grande parte das matérias comigo quando era vereador porque acreditava naquilo. Quando era contra, era contra. O PSL elegeu o Bericó, que também já trabalhou comigo, foi superintendente do Rio Vermelho. É um vereador de comunidade. Os dois eleitos do PSDB tem um vínculo direto comigo. 

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Dá para dizer que a base governista parte de 15 nomes, os 13 eleitos na chapa e os dois do PSDB?

Sim, não imaginamos o Renato da Farmácia e o Ed não sendo da base. 

Está bom 15 ou pretende ampliar?

Quem quiser construir uma cidade melhor, estamos abertos para isso. Alguns pelo perfil ideológico e de atuação, como o Afrânio Boppré (PSOL), é difícil de trabalhar. É o estilo dele, a gente respeita. Oposição não é ruim para o prefeito. Ela traz, eventualmente, correções de rumo. Em que pese que a minha base de governo a gente reune regularmente. E eu tenho muita crítica na minha base de governo. A gente corrige internamente, só não faz a discussão em público. O vereador da base também é um crítico do governo. Quando a gente discute um projeto e sente que vai vai ser aceito pela base, a gente nem manda. Por isso não perdemos nenhuma votação. A minha experiência como parlamentar me mostrou, primeiro, o que não se deve fazer com o parlamento. E, segundo, o que se pode fazer.

O senhor vai participar da decisão sobre o futuro presidente da Câmara?

Eu vou acompanhar, mas a decisão é deles. Não pode querer forçar as coisas na Câmara. Todo prefeito, governador, que inventa de forçar (no parlamento) quebra a cara. Então você sente qual é a maré e vai junto com a maré (risos).

O senhor foi vereador por cinco mandatos e presidente da Câmara. Alguma dica para os vereadores que desejam o cargo?

Ele tem que formar no grupo uma liderança para que esse grupo, principalmente na base do governo, que tem uma maioria, possa construir o caminho. Eu quando fui candidato à presidência da Câmara, era o vereador mais votado, mas isso não significa nada. Eu fui construindo um por um. Quando tentaram ver que não podia ser o Gean, na época eram 16 vereadores e eu já estava com 12 votos. Os vereadores estão agoniados, já estão me ligando (risos), mas ainda está cedo. Vai ser natural. A gente já tem nomes, provavelmente vai ser um vereador que já tenha experiência. Eu não vou ter problema com a Câmara. 

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O senhor disse que mudanças no secretariado seriam no dia 15 de fevereiro?

Não sei em que dia cai, quis dizer que é na metade de fevereiro. Porque janeiro é um período mais difícil, cidade lotada, um monte de problema para resolver. E eu tenho um colegiado muito qualificado.

Os que estão vão ficar até lá?

Todos os que estão no colegiado vão ficar até 15 de fevereiro. Claro que pode ter ajustes para voltar alguém que saiu para ser candidato a vereador. Entrou alguém interinamente. Fora isso, não vamos ter mudança de secretário. E provavelmente vou continuar depois com a maior parte dos secretário. Tem pessoas com projetos pessoais, que não podem ficar mais quatro anos. O meu ritmo de trabalho também é um ritmo duro para quem entra. Todo dia, não tem sábado, não tem domingo, uma pressão violenta.

Do ponto de vista de administração, o senhor fala muito do que fez. O que lhe deixou frustrado por não conseguir fazer?

Não consegui avançar na questão dos sistemas da prefeitura. A cidade é digital e a prefeitura às vezes é analógica. E é algo que você não desliga a chave e liga a outra. É uma transição. Com isso a gente poderia melhorar a arrecadação, melhorar uma série de situações. A gente avançou pontualmente, falta o sistema inteiro da prefeitura melhorar. 

A transparência também entra nisso?

Um pouco. Nosso maior problema com a transparência nas avaliações é que, primeiro, não tínhamos um portal que apresentasse. O Observatório Social nos ajudou muito. Além disso, não conseguíamos fechar 2015 e 2016 (últimos dois anos do governo Cesar Junior). Demorou dois anos e pouco para entregar tudo para o Tribunal de Contas. Hoje a gente está em dia com tudo isso. Vou fechar o ano no azul, pagando as contas, pagando salário. Vou começar o ano zeradinho. Não fosse a queda de arrecadação com a pandemia, entraria o ano voando mais ainda.

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E a transparência também aperfeiçoa um pouco a cada dia, a gente descobre uma ferramenta nova e tal. A oposição reclama de transparência. No que não é transparente nosso governo? Qual foi o momento em que um secretário meu não quis ir na Câmara explicar de algum assunto? Isso é um pouco escola minha. Já viram eu me esconder de algum problema? Quando tem um problema quem vai para a frente sou eu mesmo. E eu digo para o secretário. Se errou, corrige. Mas não deixa de enfrentar.

A pesquisa do Ibope apontou transporte coletivo e mobilidade urbana como problema para 55% dos eleitores de Florianópolis. Como fazer para reduzir a insatisfação nessa área?

A gente vai avançar muito na questão dos corredores exclusivos para o transporte coletivos. Nós temos uma frota com média de cinco, seis anos, uma das frotas mais novas do país. A gente tem um conforto interno, com carregador de celular, câmera interna para dar segurança, um aplicativo que é referência nacional. Temos um preço justo. A redução de tarifa que fizemos no fim do ano, fez crescer o número de usuários. Parece pouquinho, R$ 0,20, mas faz diferença. O que precisamos avançar é o tempo de deslocamento. É o que falta no tripé: conforto, preço justo e deslocamento. Estamos trabalhando nisso.

Com 19 linhas na Ponte Hercílio Luz nós diminuímos de 15 a 30 minutos o tempo de deslocamento e teve uma ampliação de quase 30% nos usuários daquelas linhas. É possível fazer dessa forma. Você não consegue hoje tirar uma pista da Beira-mar e fazer exclusiva para ônibus. Mas se fizer uma nova, pode fazer só para ônibus ou priorizando o ônibus. A experiência da ponte foi muito positiva, quando tu tens o ganho de uma nova via e prioriza o coletivo.

A experiência com os carros foi bem-sucedida?

O car pool foi bem-sucedido. Alguns dizem: “Ah, não me deixam passar sozinho na ponte”. Só que é uma mudança cultural. Eu vivi isso, meu cunhado mora em Seatle (EUA) e morava no Canadá. Podia circular em alguns caminhos com, no mínimo, três pessoas. Eles iam em cinco. Eles passavam pelas rodovias exclusivas de ônibus e chegavam em 15 minutos. Ele indo sozinho demorava em 45. Ali (na ponte Hercílio Luz) não foi tanto para ganhar tempo. Nossa estratégia foi primeiro não transferir um congestionamento para a ponte. Então vamos fazer uma experiência. Foi de sucesso, você não vê congestionamento, você estava levando milhares de carros que estavam no outro lado para ali.

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Temos a dificuldade do piso, que para a moto é difícil. Se chover, então é muito mais arriscado para moto. Então vamos usar na característica que dá para usar a ponte e melhorar a mobilidade. Agora, que o carro compartilhado vai dar certo e daqui a pouco vai atingir outras regiões da cidade também. Então é mudança cultural da carona. Não avançamos tanto nisso (da carona) por conta da Covid, mas já sei de pessoas que iam para o Centro cada um com seu carro, pai, mãe e filho, que estão começando a ir no mesmo carro para pegar a ponte. É uma mudança gradativa do formato das pessoas pensarem que no meu ponto de vista vai se concretizar.

Que grandes obras o senhora espera concluir neste segundo mandato? Marina da Beira-Mar Norte, engordamento de praia?

 A Marina, por ser uma parceria com a iniciativa tem uma programação, que acho que é daqui um ano e pouco deve estar começando a obra. Então deve cumprir nos quatro anos tudo. Eles vão entregar o projeto executivo talvez até janeiro. Então a gente vai analisar e já tira a licença ambiental. Temos obras que já estamos se preparando para fazer, estamos licitando o projeto para o engordamento da areia no canto Sul dos Ingleses e Jurerê.

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O rio Sangradouro a gente vai desassorear e fazer um molhe que é a saída para a areia voltar e já atende os pescadores, no Sul da Ilha. A Avenida Internacional dos Ingleses, ligando o Costão Norte, a via que não existe hoje. A ponte da Lagoa da Conceição, vamos fazer um novo projeto não é aquela de R$ 200 milhões, é um de R$ 40 milhões que vai permitir uma ponte mais alta, oxigenar a Lagoa, passar a embarcação. A gente já está fazendo a revitalização das Rendeiras e da Acácio Garibaldi até a Joaquina…

Vai dar para entregar a ponte ainda nesses quatro anos?

Sim. Porque já estamos licitando o projeto, deve terminar em dezembro. O projeto demora três a quatro meses. A gente vai tirar as licenças e vai licitar a obra. Já tenho o recurso garantido. É do Finisa 5, já está pronto e aprovado. Só não assinei pelo período. São R$ 140 milhões, então nessas obras estão todas inseridas. Temos outras vias também dentro.

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Muita gente criticou o Asfaltaço na campanha, mas você tem que desenvolver a cidade. Agora é o que falava. O Asfaltaço é só uma pontinha de tudo que a gente vez. Tem mais coisa que fiz e não prometi do que fiz de 2016 pra cá. Fiz 1005 dos compromissos de campanha e acho que fiz 200% a mais do que era para fazer. Agora a gente tem uma visão diferente. Temos que ter avanço na gestão. Tem coisas que não dá para continuar do jeito que está, são enfrentamentos sempre difíceis de se abordar. Mas nós não vamos deixar de ter enfrentamentos, se for preciso vamos ter.

Nosso objetivo muito claro agora é poder fazer com essas obras sejam efetivamente concretizadas. Porque muitas vezes o prefeito tem o dinheiro, mas não consegue fazer. E a nossa ideia é conseguir executar.

Sobre o projeto de despoluição da Beira-Mar Norte, o que foi o erro? Colocar na cabeça das pessoas que a curto prazo ela estaria balneável? Foi mal explicado o projeto? Tens uma expectativa de quando pode ter despoluição?

 Na verdade ali, a gente cobrou. O (Valter) Gallina (secretário de Infraestrutura) quando estava na Casan… É natural se ter os ajustes. Problema é que na pandemia não foram feitas as medições. Então havia períodos em que ali estava balneável. Esses ajustes que são feitos hoje temos um técnico da prefeitura que exige a própria garantia da empresa que fez de ir corrigindo. Se formos analisar a qualidade da água hoje ela é infinitamente maior. A discussão hoje está se é menos de 800 (coliformes fecais) ou é 1200 ou 1300. A balneabilidade é melhor do que muitas praias de Florianópolis ali.

Óbvio que o avanço da Marina, melhor utilização dos equipamentos a Beira-Mar já tem estrutura muito melhor e vai avançar mais ainda. Tenho expectativa que no futuro ela terá uso muito mais intenso e também como praia, esporte aquático. Me perguntaram que dia eu ia dar um mergulho. Respondi que quem tem que mergulhar é a população, não sou eu. Não estou aqui para ficar aparecendo no mergulho. Só que acho que não foi um erro, ao contrário, um investimento ali foi muito importante para a cidade…

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Digo mais a forma de divulgar porque na cabeça das pessoas logo estaria balneável para as pessoas entrarem. Ela chegou a esr balneável em determinado período só que a gente viu que o volume grande de chuva não se consegue trabalhar para fazer a filtragem de toda a água e o tratamento antes de descartar. Mais do que isso, as falhas nos equipamentos que se faziam os ajustes, agora eles serão automatizados. Então acho que o sistema ainda vai ser aperfeiçoado para ter a balneabilidade completa.

Nesse mandato o senhor enfrentou dois constrangimentos: um foi a operação Chabu, que depois o TRF4 decidiu que o senhor era inocente da acusação feita pelo MPF e pela PF. E, neste ano, o constrangimento da acusação de estrupro que está em investigação. A cidade parece não ter avalizado e visto o senhor como culpado, mas existe uma investigação. Como foi lidar com esses dois fatos nesse período como prefeito?

 Primeiro, a operação Chabu foi a maior injustiça que já fizeram como um político. Entraram na minha casa, levaram os celulares das minhas filhas, os computadores delas. Com um mandado de prisão, e eu acabei não sendo preso porque fiz o depoimento e saí. Mas, depois de um tempo, eu saí imediatamente. Eu tava tão crenta de minha inocência que sem saber o que era fui dar entrevista e falar que não tinha nada a ver com aquilo. E o Tribunal que condenou todos os políticos da Lava-Jato nem deixou abrir o processo contra mim oor unanimidade. Isso não é comum no TRF4.

Eles viram que houve uma falha ali. Tanto que quando fui afastado e imediadtamente o desembargador Leandro paulsen detemrinou a minha volta ele praticamente fez uma decisão me inocentando dizendo claramente que não tinha. Ou seja, induziram ele no processo e depois concluiu-se que não era. Isso aí que quando tens uma injustiça o povo se solidariza contigo, acho que esse processo eliminou o muro da separação que tinha de alguns eleitores comigo.

O lado bom disso foi mais uma maneira de eu receber um passaporte de inocência de um tribunal reconhecido por ser muito rígido.

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A PF incluiu o senhor na suposta quadrilha que eles não conseguiram comprovar porque você trocava mensagens com integrantes do suposto esquema dizendo que avalizaria ou um outro cargo no segundo ou terceiro escalão do governo do Estado. Esse tipo de postura o senhor acha que poderia ser mais cuidadoso?

Quando o Eduardo (Pinho Moreira) assumiu o governo, eu recebi mais de 200 pedidos de emprego. Só dizia assim: “deixa que eu vou verificar”. Se eu tivesse interesse e prioridade eu levava no governador e pedia direto a ele. Já não fiz isso para não constranger. Mas isso é da política. Tanto que as decisões do Tribunal já entenderam que isso é da política. Agora cabe a avaliação. Recebo muitas sugestões. Avalio se a pessoa tem qualificação, se cabe ou não. Agora, ser envolvido na operação por isso é muito injusto.

O senhor passou a ter mais medo de ter esse tipo de conversa no celular depois da operação?

Minhas conversas nunca precisaram ser escondidas. Não tem que ter cautela do que fala. Às vezes não é nem o que a gente fala, mas o que os outros falam da gente sem a gente saber. O Constâncio (Maciel, secretário da Fazenda) agora teve a situação (operação mecanismo Verde) … O advogado viu o processo, que tem 3 mil páginas. Procuraram o nome dele, parece que tem um trecho em que uma pessoa fala: “tem que parcela o IPTU. Ah, então tem que falar com o Constâncio”. É uma única vez que citaram o nome dele no processo e fez uma busca na casa dele.

O senhor está citando uma operação Mecanismo Verde, que é a mais recente. Achas que ela também foi uma injustiça?

A operação não é injustiça, mas acho que fazer uma busca na casa do Constâncio foi uma injustiça, pelo que tá no processo ali é sem pé nem cabeça. Não tens noção do que é, para uma pessoa inocente, receber a polícia na tua casa 6h da manhã. Tu já virou um bandido para todo o mundo, tem que correr atrás para provar que é o contrário. Quem conhece o perfil do Constâncio, que é servidor há 40 anos. Nem se eu pedisse para fazer um negócio ele faria. Não adianta, ele é a pessoa mais rigorosa na cobrança disso. Hipótese zero de ele fazer qualquer ato irregular. Se ele tem dúvida, não faz.

E o resto do processo?

Agora, as outras situações, não conheço o processo. Está em sigilo. Acho que cabe investigar. A gente fez operação conjuntas com a Deic sobre invasões e loteamentos. A gente sempre fez isso… Agora, voltando, no caso da denúncia de estupro. Fiz um vídeo e respondi tudo. Óbvio que cometi um erro, me arrependo. Eu tinha pedido desculpa para a minha família. Esse assunto já estava resolvido entre quatro paredes, não precisava ter saído dali.

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Mas essas atitudes de prepararem uma armação um ano depois, às vésperas da eleição. Essas coisas começam a tirar as pessoas do bem da política. Esse jogo do vale-tudo para ganhar uma eleição, felizmente o eleitor reagiu. Foi a primeira vez que reagiu. Na política bate que o cara cai. E o que recebi de batida disso foram 10 dias que os comerciais falavam mais de mim do que qualquer outro candidato.

Tem uma questão criminal que será investigada e a polícia dirá se é uma armação o que aconteceu naquela sala. Não cabe perguntar isso e o que é relação com sua mulher. Mas me cabe perguntar da relação do homem público que praticou um ato sexual dentro de um gabinete público. O senhor…

Eu vou responder por todos os meus atos, nunca fugi dos meus atos. E todo ser humano está passível de erro e acerto. Vou responder por todos os meus atos, só não posso concordar fazer uso político disso, como foi feito. O que eu tinha que responder perante à minha família e a sociedade eu fiz, perante às questões administrativas também vou responder. Agora fazer uso político disso é o que a sociedade não aceitou, ela soube separar as coisas.

Estou preparado para responder, já tive erros e acertos em várias situações. Sou ser humano e qualquer um poderia eventualmente cometer erro. E a gente tem que aprender e amadurecer. Eu, felizmente, tenho uma família maravilhosa e às vezes numa situação dessas nos deixa mais fortes, um casamento mais maduro. Agora não dá, se a pessoa não compreender que aquilo foi um erro e não corrigir.

Agora vou corrigindo a cada dia os erros que eventualmente vou cometendo. Estou pronto para responder todo os atos que eu fiz e nunca fugi deles.

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A mulher que o acusa foi candidata no seu próprio partido. Como isso aconteceu?

Me parece que a articulação de quem organizou pediu, inclusive, que ela ficasse no meu partido porque a denúncia teria mais valor político. Tem que perguntar para os eleitores dela, né.

Por que demorou para sair o “Alô, Doutor”?

O Alô, Doutor foi uma coisa muito técnica, que dependia de uma série de situações. Eu não podia fazer… Curitiba marcou um agendamento de consulta e em um mês a fila de espera era de seis meses. Não é o sistema que funciona. O Alô, Doutor precisava ter uma etapa de fechar todo o complemento do atendimento médico, dependia da UPA do Continente aberta, dependia do prontuário eletrônico. Ele teve que fazer a tradução de todos os algoritmos do Reino Unido para adequar à realidade. Foi quase um ano nisso.

Eu brigava com o secretário de Saúde, e ele dizia que precisava dessa etapa senão não funcionava. Quando marcamos para começar em março, veio a pandemia e tivemos que adequar. Nesse período foi muito importante o Alô, Saúde. Tivemos que montar um sistema onde cada equipe da saúde da família tem um número. Cada equipe tem o smartphone com WhatsApp e aplicativos. A pessoa fala com os auxiliares de enfermagem, com enfermeiros, com médico. Ela faz a vídeo consulta com o médico, conhece o nome do profissional que forma a equipe. A pessoa liga no Alô, Saúde e já dá contato e localiza quem atende ela no bairro dela. Nós já realizamos 60 mil vídeo consultas. O Alô, Saúde já tem quase 100 mil atendimentos.

O Ministério da Saúde está pegando esse modelo para levar para o Brasil. Mas eles estão desde março olhando o sistema porque não é fácil implementar. Então foi uma tarefa de três anos para construir. que venceu todas as etapas. Não demorou, era realmente uma coisa difícil de ser implementada. E hoje está completo. Eventualmente tem ajustes. No início a demanda foi muito grande, tivemos que adequar. No começo 50% dos chamadas o prefixo não era 48, todo mundo estava ansioso por informação. Depois a gente bloqueou para deixar só o 48. Foi um dos maiores avanços da história da saúde dos últimos 10 anos, o Alô, Saúde.

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Sobre a pandemia, o senhor já disse que não vai alterar as restrições. Como imaginas o verão em Florianópolis com pandemia?

Primeiro a nossa meta é chegar em dezembro com os números melhores do que estão hoje. Todo pico a gente sabe que ele estabiliza para ter a queda com as medidas. Dependendo o grau de risco que estaremos posicionados teremos mais ou menos atividades. As pessoas vão vir no verão de qualquer jeito para Florianópolis. Não no mesmo número que vieram no verão passado, por conta das dificuldades que existem.

Só que ele vai ter que vir e trabalhar com as regras. Falei em um programa que as pessoas podem vir desde que cumpram as regras do município. O turista vai ter que cumprir a regra sanitária. Ele vai saber que tem limite. E a gente não quer… estamos vendo a Aerolíneas Argentinas lançando linha direta para Florianópolis.

Talvez vamos ter menos turista, com mais qualidade. E permitir que possa funcionar com regras muito bem estabelecidas. Essa é a realidade do verão.

E as praias?

O secretário de Estado da Saúde já vem avaliando essa questão das praias. Hoje os nossos decretos estão vinculados às portarias do estaduais. Quando muda o Estado, se muda o conjunto. A praia em si, o ambiente ao ar livre como o que estamos aqui, a probabilidade de ter transmissão é infinitamente se estivéssemos na sala fechada. A areia da praia tem chance menor do que qualquer ambiente fechado. Uma muvuca presente junto pode trazer risco. Então o que vai prevalecer é o bom senso. Não podemos pensar em proibições que gera desobediência civil.

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Às vezes mais vale orientar bem a pessoa do que proibir e ela clandestinamente fazer de qualquer jeito. A gente vai ter que conviver no verão com a doença, não vai ter vacina ainda até lá. Mas com regra que permita esse convívio e a presença do turista com o morador de Florianópolis.

De hoje até lá, vais ficar da mesma forma ou sentes que terá que fazer alguma alteração?

O que temos que discutir não são restrições. É adequar aquilo que a própria sociedade dá resposta que não vai cumprir a um formato que pelo menos oriente como fazer. Ou tu acha que o verão não estará cheio a praia? Adianta colocar uma placa de proibido? Aí vai lá o Choque arrancar todo mundo? Não vai existir isso.

Qual é a alternativa? Colocar pessoas da prefeitura para orientar na areia da praia?

Talvez estabelecer critérios, está sendo pensado pela equipe técnica ainda como fazer. Tem situação que se tu apertar o parafuso demais ele empena. Tem que ter limite da dosagem, de como fazer. Por isso que o nosso comitê de combate à Covid tem gente da saúde, desenvolvimento econômico, transporte, administração. Começa a ter visões diferentes. Então hoje tu fechar, as pessoas vão abrir e pronto.

O senhor fez isso, quando teve uma segunda tentativa de fechar, a cidade acabou não reagindo bem…

A gente tinha um planejamento de 14 dias que acabou durando. nove, 10 dias. A gente tem formatos para realizar isso. O artigo que fala disso, não fala apenas do fechamento como forma de fazeres a curva voltar. Tem várias medidas, as principais estamos fazendo. Mesmo sendo a cidade, proporcionalmente, que mais testa no Brasil estamos ampliando a testagem. Se eu testar mais eu consigo isolar mais o contaminado. Qual foi a cidade que testou todos os policiais, bombeiros, guardas municipais, comerciante? Nenhuma cidade fez isso. Florianópolis fez. Polícia tinha sete, tirei os sete. Podia contaminar quantos ali? Esse trabalho vai continuar sendo feito.

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Óbvio que estamos com número alto de novos casos por dia. O nosso monitoramento pega os contatos, nas outras cidades não fazem isso. A gente vai continuar fazendo isso, vamos ter monitoramento dos contaminados para também não sair. A gente tem o robô Laura que nos ajuda, foi uma parceria com a Unimed. A gente continua inovando buscando formato para conter a doença. Não vamos deixar de ter essas medidas para conter o crescimento. A gente imagina que possa te ruma estabilidade. Estamos monitorando a ocupação dos leitos. Agora, tivemos naquela crise de julho e agosto uma ampliação de mais de 50 leitos na nossa região. Com exceção do HU que havia desativado e pediu para voltar, todos continuaram funcionando.

Agora a nossa ocupação está em 84%. E a gente sabe que tem que segurar, as temos a regulação no Estado que em determinado momento trouxe gente para cá e agora pode levar até outra região. A gente está procurando primeiro não voltar faltar leito. Ninguém morreu na nossa cidade por falta de leito durante toda a pandemia. Diferente de outras cidades do país. E o que tem de melhor é que a gente conseguiu com uma boa atenção básica na saúde ter um percentual de internação baixo.

Naturalmente, tivemos mortalidade muito menor. A nossa, comparada por 100 mil habitantes… o segundo colocado entre as Capitais é o dobro de Florianópolis. E a gente testa tanto que a nossa subnotificação… A alemanha que é a referência mundial é 1%, a nossa é menos de 0,8%. Lá em tudo que foi referência voltou a pandemia também, a ter números difíceis. O nosso voltou também. Não foi só feriado, foi uma série de circunstâncias. As pessoas cansaram, começaram a se reunir, tiveram os encontros, as festas particulares.

Vamos preparar a temporada, só não estamos divulgando, mas estamos cuidando desde as regras dos ambulantes que estará na praia. Para eles terem treinamento e qualificação. Formato de como usar os restaurantes. “Ah, mas não vamos ter uma ocupação das casas como tinha antes”, mas daqui a pouco dá para funcionar com alguns critérios com menor ocupação para poder trabalhar. Isso a gente vai discutir no final de novembro e dezembro para implementar e vamos ter um verão na medida do possível.

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O Réveillon não será feito e o dinheiro vai para outra área. E o Carnaval?

Estamos discutindo com a Liga, eles mesmo estão propondo ou de transferir ou não fazer esse ano. Eu estou deixando eles amadureceram também porque como será em fevereiro, é uma discussão do que fazer. São dois períodos de pico muito alto. Problema é que não é o desfile das escolas de samba. Problemas são as 100 mil pessoas na Praça XV. Então a gente via ter que ter formato, deixar claro que o Carnaval de rua não dá para fazer naquele formato, vai ter que ser algo preventivo, nos preparar para isso. Talvez possa ser uma alternativa alterar a data, mas como tem o feriado de Carnaval na terça-feira vira um feriadão também. Esse ano é mais cedo, então vamos discutir o formato. Só queremos evitar as grandes aglomerações. Não dá para ter aquela muvuca, que para sair todo mundo vai se esfregando em todo mundo, na Praça XV e arredores. Provavelmente não vai ser naquele formato, não vai ter como ser.

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