Que não se procure culpados. Que não se crucifique ninguém. Que se reconheça o trabalho de todos; que se elogie a superação do time e que se entenda a eliminação como coisa do futebol. Foi assim, com o Avaí, que mais uma vez fez com que seu nome fosse respeitado além do Estado. Agora é levantar a cabeça e partir para tentar aproveitar o que houve de produtivo e tentar encontrar uma base para que o Leão venha muito forte na próxima temporada. É preciso também se organizar fora de campo, sempre que o Avaí consegue uma base forte nos bastidores, acaba resultando em grandes conquistas, que é, afinal, a principal vocação do Avaí. Passou raspando a classificação que muitos, anteriormente, davam como morta no jogo da Ressacada. Não aprendem o que significa o Avaí. A lição A surrada frase “Quem não faz leva” continua verdadeira no futebol. Ou quem sabe uma outra: “É preciso vencer em casa e buscar algo mais fora.” Mesmo sem querer buscar culpados, percebe-se que o Avaí não fez a lição de casa. A Copa foi melhor fora do que dentro da Ressacada. Problemas financeiros à parte, resta à torcida enaltecer os jogadores que mais uma vez dignificaram a gloriosa camisa azul e branca, com todos os problemas que existiram dentro do clube ao longo do ano. Aquela série de empates em casa, definitivamente, desestabilizou o time. Saldo positivo O que fica para o clube é o saldo altamente positivo de uma base saudável, onde muitos nomes revelados em casa farão certamente a equipe de amanhã. Marcelo, André, Éder, Luisinho, Alemão, Marrom, Flávio, Junior Laguna, todos pertencem ao Avaí do futuro. Possivelmente foi o clube que mais revelou na temporada. Um alento, pelo menos. Outros, como o goleiro César Silva encerrarm seu ciclo na Ressacada. Um novo time virá por aí. Clube Brasil Algumas informações me chegam garantindo que até o final do ano vamos ouvir falar muito no Clube Brasil. Aquele que comanda 17 clubes que integram o Grupo B, ou como queiram, o Módulo Amarelo da Copa JH. Uma reunião no Rio esta semana juntou dirigentes do Clube Brasil e nomes conhecidos do futebol, além de dirigentes da Sport Promotion, que comanda a Copa João Havelange. Não há mais detalhes. Há muita coisa para rolar nos bastidores antes que se definam os moldes do calendário do ano que vem, que para chegar a um consenso, passará por muita negociação. E o Tigre? Também o Criciúma renovou na temporada. Entrou na Copa com time meio desacreditado e acabou chegando à segunda fase. Poucos acreditaram. Moacir Fernandes apostou em Gonzaga Milioli e não se arrependeu. Havia limitação, embora alguns problemas tenham sido superados. Pelo jeito, o time está pronto para o ano que vem. Pequenos ajustes, manter a base, férias e reinício dos trabalhos. Temporada difícil, mas valiosa. Erro estratégico O Figueirense não perdeu a classificação ontem no gramado do Orlando Scarpelli. Perdeu antes. Primeiro na derrota do sábado passado, em Belém. Depois na escalação da equipe inventada pelo técnico Luiz Carlos Cruz. A escalação de três atacantes e de três zagueiros abriu o meio-campo, dando ao Remo espaços para assustar o Figueirense no primeiro tempo. Por pouco o time do Pará não fez um gol ainda na etapa inicial. No intervalo o treinador catarinense arrumou a equipe que conseguiu fazer os dois gols, embora tenha tomada um gol que tirou todas as esperanças. No final, pelo menos a torcida reconheu o esforço e aplaudiu os jogadores.
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