Na primeira coluna publicada no DC em 9 de março de 2000, usamos como filosofia para começar um novo trabalho a frase que serve perfeitamente para o momento: “O elogio só é válido se for permitida a crítica”. Refiro-me à torcida do Joinville, aqui algumas vezes citada em episódios nada positivos. Pois sinto-me no dever jornalístico de dizer que esta mesma torcida deu a volta por cima, entendeu que representa uma cidade extraordinária e um clube especial e como tal não poderia comprometê-los. Quarta-feira foi um show no Ernestão. Casa cheia, brilho, entusiasmo, plasticidade, comportamento e festa, muita festa que Santa Catarina inteira acompanhou pela televisão. Exemplo Este exemplo que as organizadas de Joinville estavam nos devendo deve ser imitado domingo em Criciúma para coroamento do campeonato. E Criciúma sabe melhor do que ninguém como se faz uma bela festa nas arquibancadas. Lá já se jogaram muitas finais de Estadual e uma gigantesca Copa do Brasil que o Tigre venceu. Qualquer que seja o resultado final do campeonato precisamos mostrar todo nosso grau de maturidade esportiva. Problemas O Criciúma voltou ao Sul com dois problemas e um deles sério. Jeferson Feijão teve uma distensão na virilha que certa vez afastou Pelé dos gramados por mais de seis meses. Teve abertura da virilha e dificilmente jogará se constatado mesmo o problema. Librelato teve apenas uma pancada na coxa e deve retornar. Entretanto, o maior problema do técnico é fazer Paulo Cesar e outros jogarem, o que não aconteceu em Joinville. “Não ganhamos nada” A frase dita ao término do jogo pelo capitão Roberto revela o respeito do Joinville pelo adversário. O potencial que tem o Criciúma nos dá o direito de entender que o quadro pode ser revertido pois na verdade não tem nada definido a não ser uma vantagem do JEC, que jogará pelo empate. O momento da reunião no centro do gramado, como mostra a foto, retrata o lado da união existente no grupo. Raí na Ressacada Estão evoluindo as conversações entre o Avaí e a empresa do ex-jogador Raí. Quarta-feira à noite, durante o primeiro jogo das finais do Estadual, Raí e Marco Aurélio Cunha, ex-diretor do Figueirense e comandante do futebol azurra, estiveram reunidos com a diretoria para acertar uma parceria para administrar o clube no segundo semestre. Ao que tudo indica, falta pouco para o acordo ser firmado. Vaga dirigida Delfim Peixoto Filho não soube explicar se a quarta vaga para Santa Catarina era para o Estado ou para o Figueirense. Falou em critério técnico obedecendo o quadrangular final, mas depois admitiu até um clássico para definir a situação. Fica brabo quando alguém diz que ele está arrumando lugar para o alvinegro. Fórum Deu na Folha de S. Paulo: “A CBF está agindo para melhorar sua imagem em Santa Catarina, terra do senador Geraldo Althoff, relator da CPI do Futebol. Em 20 e 21 de junho, promove o Fórum Nacional Antidrogas, em parceria com a Federação Catarinense de Futebol.” Por aqui o assunto é desconhecido, pelo menos da imprensa.
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