O “segredo” masculino no espelho: a plástica deixou de ser tabu e eles já são um terço

Uma revolução silenciosa está remodelando o perfil dos pacientes de cirurgia plástica no Brasil. Os homens, que antes eram minoria, hoje representam quase um terço de todos os procedimentos realizados no país.

Impulsionada por uma mudança cultural, a busca por intervenções estéticas se tornou uma jornada de autoconfiança e bem-estar. O objetivo final é a harmonização entre corpo e autoimagem.

O movimento reflete uma quebra de paradigmas em que o cuidado com a aparência é encarado como saúde. Consequentemente, a decisão de operar deixou de ser um tabu para se tornar uma escolha consciente.

A quebra do estigma masculino

O conceito ultrapassado de que vaidade é exclusividade feminina perdeu totalmente sua força. Os cirurgiões observam que os homens modernos incorporaram o cuidado estético à sua rotina de saúde, junto com exercícios e dieta.

O cirurgião Yuri Moresco confirma, em entrevista à VEJA: “Aquele antigo estigma em relação às cirurgias estéticas está diminuindo no Brasil. A autoestima está se tornando uma preocupação mais natural para os homens”. Essa naturalidade fez a demanda explodir.

Os procedimentos preferidos do público masculino

Entre as operações mais solicitadas, destacam-se a correção de ginecomastia, a lipoaspiração e os ajustes no nariz (rinoplastia). Os transplantes capilares também figuram como prioridade para muitos, representando um marco na recuperação da autoimagem.

A blefaroplastia, que rejuvenesce o olhar, é muito procurada por homens maduros após os 60 anos. Técnicas para afinar o rosto e pescoço também ganham popularidade. O foco está em resultados naturais que preservem a identidade.

Fatores que alimentam a tendência

Dois motivos práticos explicam parte desse crescimento: preços e redes sociais. O Brasil oferece custos mais atrativos, sendo uma opção viável para muitos. Além disso, a cultura das selfies torna as pessoas mais críticas sobre sua imagem.

Dessa forma, a cirurgia plástica surge como uma solução tangível para incômodos que afetam a qualidade de vida. A escolha, no fim, é sobre projetar no exterior a confiança que se deseja sentir por dentro.

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