Rafael Moura surpreendeu a todos quando foi confirmado na escalação do Figueirense contra o Santa Cruz. O camisa 9 não estava na lista de relacionados para o duelo porque, até sábado à noite, ele continuava em tratamento para se recuperar de um estiramento no músculo posterior da coxa direita. Assim, ele não era garantido no jogo. Porém, o próprio atleta pediu ao treinador Marquinhos Santos e aos profissionais do departamento médico do clube para deixar ele atuar. Pedido feito e aceito.

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A recuperação de He-Man foi rápida. Ele se lesionou no dia 7 de setembro, na vitória do Figueirense sobre o Atlético-PR por 1 a 0. O centroavante ficou fora de três partidas e teve uma previsão dos médicos do Furacão de recuperação entre quatro e seis semanas. Porém, em 18 dias ele voltou aos campos.

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Por que ele voltou tão rápido? Isso é a soma de alguns fatores. O primeiro deles é que Rafael Moura tem um metabolismo muito rápido, que ajuda na recuperação, e também uma tolerância a dor fora do comum.

– O estiramento é uma ruptura das fibras musculares causadas por alongamento destas fibras além do seu estado fisiológico. Esse ¿rasgo¿ pode ser vertical ou horizontal. O do Rafael tinha um formato de cicatrização mais fácil. As lesões são classificadas em diferentes níveis de ruptura, em que é medida em centímetros. A dele ficou entre o grau um e dois. Nós sempre passamos o prazo mínimo e o máximo de uma recuperação. Por isso, o dele foi de quatro a seis semanas, que é um prazo padrão para uma lesão de grau dois – explicou o médico do Figueirense, Sérgio Parucker.

Jogador pediu para jogar

O tratamento de Rafael Moura foi intensificado a pedido dele. Na primeira semana, o foco foi na cicatrização do ¿rasgo¿. Depois, foi feito um trabalho de fortalecimento muscular intercalado com gelo e o uso do Tens, aparelho que dá pequenos choques na área lesionada. A última semana foi de treinos, para ver se ele tinha condições de jogo.

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– Eu dificilmente ficaria fora do jogo. Tenho que agradecer muito ao departamento médico do clube e aos fisioterapeutas pelo tratamento dia, tarde e noite. Eles acreditaram na minha palavra. Eu falei em todo momento que aguentava jogar e que meu linear de dor é forte. Estou feliz por voltar a ajudar a equipe nesse momento difícil. Eu não poderia estar no DM e me omitir com o clube em uma situação dessa – disse Rafael Moura na saída do campo.

O que aconteceu no caso do He-Man no Figueirense foi um trabalho de equipe entre os médicos, fisioterapeutas e o atleta, que insistiu que poderia voltar a jogar muito antes. Na verdade, neste tipo de caso não basta apenas a vontade, mas também condições privilegiadas como a de Rafael Moura.

– Eu enchi o saco do pessoal falando que aguentava jogar e hoje (domingo) foi a prova disso. Mas não adianta se empolgar por eu ter jogado os 90 minutos, pois existe um risco. Agora, tem que ter um pouco de superação e não será qualquer dor que vai me tirar de campo – finalizou.

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