Um segredo guardado há cinco décadas agora faz parte do cotidiano dos Rosa: o café feito de pinhão. A ideia foi da avó de Silvino de Liz Rosa e a produção é feita em Painel, na Serra catarinense, com a colheita feita nas araucárias que cercam a morada da família.

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Silvino passou o legado para a nora, Adriana Alves de Oliveira, de 36 anos, que é responsável por fazer o pó. Na geração passada, a função era da matriarca da família.

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— Começou quando eu tinha seis ou sete anos. Eu me criei com meus avós, e a minha avó fazia o café de pinhão. A parte de torrar no forno era comigo — lembra Silvino.

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Adriana conta que começou a produzir a bebida em abril deste ano, no início da safra da pinha. A moradora explica que, para o preparo, primeiro é necessário cozinhar o pinhão, descascá-lo e cortá-lo em pedaços. Na sequência, vai para o processo de torra, onde fica de 20 a 30 minutos no forno.

Depois de torrado, ele é retirado da forma e moído em uma máquina junto com açúcar mascavo, que dá a cor mais escurecida ao pó. O pinhão ainda precisa passar pelo liquidificador, que é o último processo. Já moído, ele está pronto para virar café.

Além do cheiro, outro diferencial citado por Adriana é o sabor, que agradou quem já experimentou o produto. O experimento foi levado ao seminário da colheita do pinhão, em abril, e os comentários das 100 pessoas que provaram foram positivos.

— Disseram que tem um sabor exclusivo de pinhão assado na chapa. Além disso, é um café diferente, sem cafeína e natural — destaca.

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A ideia da família é começar a vender o produto a partir do ano que vem. O já denominado Café Araucária deve custar de R$ 40 a R$ 50.

Veja fotos do processo de produção café de pinhão

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