De resultado, derrotas na Série A e vitórias na Série B. Avaí e Chapecoense perderam na retomada do Brasileirão, para Fortaleza e Atlético-MG, respectivamente. No entanto, as equipes apresentaram novidades ou fortaleceram pontos fortes no desempenho. Já os catarinenses que disputam a segunda divisão nacional voltaram vencencendo. O Criciúma bateu o Coritiba em casa, com gol no último minutos, e o Figueirense goleou o América-MG como visitante. Confira a seguir uma análise de cada um na retomada após a Copa América, com um ponto positivo e um negativo.
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Série A

AVAÍ
Nova organização
Na derrota por 2 a 0 para o Fortaleza, fora de casa, a equipe azurra mostrou mudança sob o comando do técnico Alberto Valentim. O time tem outra organização em campo. Nela está enfatizada a compactação. Os jogadores atuam mais próximos. Quando os homens de frente pressionam a saída de bola, algo que deve ser mais frequente que antes, quando Geninho dirigia o Leão da Ilha, os zagueiros ficam distantes do goleiro Vladimir. Pode ser o caminho do Avaí para a reação no Campeonato Brasileiro.
Falta de agressividade
Apesar da alteração no comando técnico e, consequentemente, na formação, a equipe apresentou em Fortaleza a mesma condição de antes da pausa da Copa América. Falta agressividade à ofensiva azurra. Ainda que tenha tido duas chances claras de gol na partida no Castelão, ambas defendidas pelo goleiro, não foi o bastante para que o Avaí deixe esse rótulo. O meia Douglas entrou na equipe na tentativa de elevar a criação. A produção tende a aumentar nos próximos jogos, mas são necessárias melhores finalizações.

CHAPECOENSE
Poder ofensivo
A Chapecoense manteve a força de ataque com o apoio dos laterais. Demonstrou na partida diante do Atlético-MG. O gol do Verdão no revés por 2 a 1, na Arena Condá, saiu aos 27 segundos de jogo em cruzamento do lateral Eduardo, que voltou ao time após retirada de um tumor na canela. O tento foi anotado por Everaldo, que chegou aos seis e está na vice-artilharia do Brasileirão, com um a menos que Gabigol, do Flamengo. Com um centroavante fazedor de gols e em boa fase, a Chape segue com esperanças de sair da zona de rebaixamento.
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Problema na defesa
A equipe demonstrou que a pausa da Copa América não foi suficiente para encontrar uma forma de estancar os gols sofridos. Tomou dois do Galo e chegou à incômoda marca de nove jogos seguidos com a meta vazada no Campeonato Brasileiro. O time só não teve a própria rede balançada na estreia, a vitória por 2 a 0 sobre os reservas do Internacional. Já são 16 tentos sofridos em 10 partidas, mesmo que o goleiro Tiepo tenha atuações destacadas. A Chape não tem conseguido segurar a vantagem quando está na frente do placar.
Série B

CRICIÚMA
Espírito de Série B
Parece que depois de muita insistência por parte do técnico Gilson Kleina o Criciúma aprendeu a jogar a Série B. Desde o empate em casa contra o América-MG, ainda na terceira rodada, na vitória sobre o Brasil-RS antes da parada e depois no retorno, quando ganhou de virada do Coritiba, não faltou vontade. Os jogadores buscaram a bola a todo momento, souberam se comportar diante de um jogo mais duro e demonstraram atitude. O resultado é a conquista de sete dos últimos nove últimos pontos disputados, e um grupo com espírito aguerrido.
Instabilidade na escalação
Por força maior, seja uma lesão ou a suspensão pelo terceiro cartão amarelo, o Criciúma não tem conseguido repetir a formação com a frequência que gostaria. Gilson Kleina teve uma sequência de perdas no gol, e o retorno de Luiz foi às pressas. O capitão está bem e retomou a titularidade, e enquanto Bruno Grassi e Paulo Gianezini se recuperam. No último jogo, a baixa foi o volante Eduardo, que levou uma pancada logo no início do segundo tempo e foi substituído. Ele será avaliado ao longo da semana para saber se tem condição de atuar. Para a próxima rodada, Kleina também não poderá contar com o volante Wesley, suspenso por acúmulo de cartões.
FIGUEIRENSE

Marcação fortalecida
A característica da equipe nas primeiras rodadas da Série B ganhou ênfase após a pausa da Copa América 2019. Diante de um América-MG propositivo, o Figueira travou a produção ofensiva do adversário. A imagem da partida no Independência foi o time da casa circulando a bola na intermediária sem achar espaço para se aproximar da área alvinegra. Ou dos jogadores de frente do Alvinegro trancando a saída de bola, em algumas vezes com quatro homens pressionando ainda no campo de ataque. O goleiro Denis fez apenas uma defesa significativa em toda a partida e o time chegou ao 15º jogo sem ser vazado dos 31 de toda a temporada 2019.
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Repertório ofensivo
A goleada por 4 a 0 foi marcada pela eficiência. O time teve seis finalizações o jogo todo, e errou apenas uma, e as chances claras não foram desperdiçadas. No entanto, o time não precisou apresentar variações de jogadas. Até porque abriu o placar cedo, com oito minutos de jogo. Neste lance e nos outros três gols, utilizou o lado esquerdo para atacar ou contra-atacar os americanos. Os próprios jogos vão demonstrar se o Figueirense tem mais a apresentar no decorrer da Série B do Campeonato Brasileiro.