Nem adianta perguntar quais são as músicas que O Rappa vai tocar quando vier a Joinville, em 14 de novembro, para a 74ª Festa das Flores. Tudo na banda é tão intuitivo que até mesmo o set list, ainda que baseado no show da turnê mais recente, é definido durante a apresentação: depende da animação do público, da acústica do lugar, da energia da banda e do que o vocalista, Falcão, começa a puxar no meio do show.

Continua depois da publicidade

É esse processo natural que fez com que os quatro integrantes de O Rappa – Marcelo Falcão, Marcelo Lobato, Alexandre Menezes e Lauro Farias – decidissem parar durante um ano e oito meses, sem aviso prévio nem planejamento. E a mesma intuição os reuniu novamente há um ano, fazendo com o que o grupo voltasse com as baterias recarregadas para a turnê “O Rappa Ao Vivo”.

O CD deste show traz, principalmente, as canções do álbum “7 Vezes”, o quinto de músicas inéditas da banda, com canções como “Monstro Invisível”, “Meu Mundo É o Barro” e “Súplica Cearense”. Mas os grandes sucessos, como “Hey Joe”, “Me Deixa” e “Minha Alma” também estão presentes – e nunca se sabe o que vai dar vontade de tocar no meio do show.

O CD e o DVD nasceram de uma apresentação na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, gravado em 2009 e lançado em 2010, quando O Rappa já estava “em férias”. Por isso, o repertório só começou a viajar pelo Brasil no fim de 2011.

Continua depois da publicidade

– Queríamos deixar o público aquecido com este CD, porque quando uma banda fica parada assim, por mais que tenhamos avisado que era férias, os fãs ficam nervosos. A meta era fazer o pessoal entender que O Rappa não tava acabando”, afirma Marcelo Lobato.

Confira a entrevista com Marcelo Lobato:

AN – Foram quase dois anos parados, sem fazer shows. O que os integrantes da banda fizeram neste período?

MARCELO LOBATO – Cada um se dedicou aos projetos pessoais que já tocava paralelamente ao Rappa. O Falcão tem um projeto, o Locomotivos; o Xandão tem um estúdio e produziu algumas bandas; o Lauro compôs e eu finalizei o meu CD de músicas africanas. A gente nunca ficou tanto tempo parado, fazia disco sem parar de fazer show e, por isso, fica muito tempo no “universo Rappa”. Não tem tempo para cuidar da família ou conhecer coisas diferentes. Essas “férias” foi um tempo providencial para voltar com um gás novo.

Continua depois da publicidade

AN – Vocês estão em turnê, mas já estão preparando CD. Como está este processo?

LOBATO – Daqui a duas horas tô indo pro estúdio pra encontrar a galera, estamos a pleno vapor. Ficamos parados e agora é uma necessidade gravar coisas novas. A gente não tem preconceito em relação à música, cada um de nós traz um estilo diferente e é por isso que demora tanto para a gente lançar disco novo. O Falcão traz hip hop; eu, a música africana e o rock que eu curto desde menino; o Lauro curte o som da baixada do Rio, uma coisa mais Jorge Ben…

AN – Vocês estão passando por uma fase muito forte na carreira internacional. Tocaram no Lolapalooza de Chicago, fizeram um show em Miami e o Falcão gravou com a banda S.O.J.A. Como isso veio para a banda?

LOBATO – O Rappa nunca investiu muito lá fora, ainda mais nos Estados Unidos, que é mais fechado para bandas latino-americanas. As coisas vão pintando. Nós já tínhamos tocado no Lolapalooza do Brasil e fomos convidados para o de Chicago. Acho que ele é um festival que é muito a cara do Rappa, tem essa coisa do mainstream e do alternativo. Foi um marco na nossa história.

Continua depois da publicidade

AN – O assessor disse que vocês não têm um set list, porque decidem na hora, dependendo do clima do público. Como isso funciona?

LOBATO – O set list é um plano de voo. Ou seja, pode pintar uma turbulência. Mas nós tocamos juntos há muitos anos, temos uma intimidade muito grande no palco. Por isso, até temos um repertório, mas lá no meio do show o Falcão começa a mudar. Tem muita improvisação e, às vezes, tocamos músicas que nem ensaiamos para aquele show. Isso é legal pra que cada show seja diferente e inusitado.

AGENDE-SE

O QUÊ: show com O Rappa.

QUANDO: 14 de novembro, às 23 horas.

ONDE: Expoville (rua 15 de Novembro, 4.315, Glória, Joinville).

QUANTO: R$ 70 (camarote), R$ 50 (pista vip) e R$ 30 (pista), à venda no www.ingressorapido.com.br, nas lojas da farmácia Nissei e na Expoville.

Continua depois da publicidade

Promoção Atlântida

A rádio Atlântida está com uma promoção para premiar um ouvinte com uma camisa do JEC e dois ingressos para o show do Rappa na 74ª Festa das Flores. Para participar, você tem que curtir a fan page da Atlântida no Facebook, compartilhar a imagem (em modo público) da promoção com uma mensagem de por que você merece a camisa do JEC e os ingresso dO’Rappa. Quem conseguir mil curtidas no seu comentário e fizer a frase mais criativa, leva o prêmio. A promoção vai até dia 13 de novembro, às 12 horas.