Santa Catarina iniciou nesta semana uma nova etapa na imunização contra a gripe: a liberação das doses para pessoas que não fazem parte de nenhum grupo prioritário e que tenham mais de seis meses de idade. A vacinação deve ocorrer até que os municípios zerem seus estoques, segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive).
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A liberação ocorreu, principalmente, porque o Estado não conseguiu atingir a meta de imunizar mais de 90% das pessoas que fazem parte do grupo prioritário, durante a Campanha de Vacinação. O prazo terminou na última sexta-feira (9) e, segundo dados do Ministério da Saúde, nesta segunda-feira (12), apenas 48,9% das 2.757.175 milhões de catarinenses aptos a receber as doses foram imunizados.
Ao mesmo tempo em que as prefeituras se organizam para continuar a vacinação contra a gripe, elas também precisam montar estruturas para que, simultanemente, seja feita a imunização contra a Covid-19.
Pensando nisso, o DC reuniu dúvidas sobre como estão ocorrendo as duas campanhas em Santa Catarina e tudo que você precisa saber para garantir a sua imunização.
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Contra o que a vacina da gripe protege?
A vacina protege contra três subtipos do vírus: influenza A (H1N1), influenza A (H3N2) e influenza B. Um dos principais objetivos é evitar que a doença evoluía para casos mais graves e, com isso, seja necessária a hospitalização.
— A vacina contra a gripe tem por objetivo reduzir os sintomas da doença, evitando assim a evolução para casos graves e possíveis óbitos. E, em meio à pandemia do coronavírus, a vacinação tem papel importante para evitar ainda mais hospitalizações — ressalta João Augusto Brancher Fuck, diretor da Dive/SC.
Quem pode se vacinar contra a gripe?
Desde sábado (10), está liberada a vacinação para qualquer pessoa com mais de seis meses de idade. Além disso, continuam disponíveis doses para quem faz parte dos grupos prioritários.
— Como tivemos uma baixa procura este ano pelas doses da vacina contra a gripe, o Ministério da Saúde recomendou a liberação para toda a população. No entanto, é de extrema importância que as pessoas mais vulneráveis se imunizem — salienta a gerente de imunização da Dive, Arieli Schiessl Fialho.
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Quais são os grupos prioritários?
Fazem parte do grupo crianças de 6 meses a menores de 6 anos; gestantes e puérperas; povos índigenas; trabalhadores da saúde; idosos com mais de 60 anos; professores; pessoas com comorbidades; forças de segurança e salvamento, e forças armadas; caminhoneiros; trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso; trabalhadores portuários; funcionários do sistema prisional; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.
Se eu faço parte do grupo prioritário, ainda posso me vacinar?
Caso integre o grupo prioritário e ainda não tenha se vacinado, a pessoa pode sim receber a vacina. Basta procurar uma unidade de saúde ou o ponto de vacinação da sua cidade para receber a dose.
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Covid ou gripe: qual vacina devo tomar primeiro?
Como a aplicação das duas vacinas ocorrem no mesmo período, a orientação da Dive é de que quem faz parte do grupo prioritário tome primeiro a vacina contra a Covid-19, caso ainda não tenha sido vacinado.
Tomei a vacina contra a Covid, quando posso me imunizar contra a gripe?
A recomendação é de que as pessoas vacinadas contra a Covid-19 esperem, no mínimo, 14 dias para tomar a vacina contra a gripe. Ou seja, se você tomou a primeira dose ou a segunda, é preciso esperar esse período para ser imunizado contra a influenza.
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O motivo para essa ‘janela’ é porque ainda não há estudos sobre que indiquem prós ou contras sobre a aplicação das duas doses ao mesmo tempo.
Fui contaminado com a Covid, posso me vacinar?
Não há evidências, até o momento, de qualquer preocupação de segurança na vacinação em pessoas que tenham se infectado ou com anticorpo detectável da Covid-19. Mas, a recomendação é de que as pessoas se vacinem quatro semanas depois do início dos sintomas ou do resultado positivo.
Quando eu começo a desenvolver anticorpos?
Segundo a Dive, a detecção de anticorpos protetores ocorre entre 2 a 3 semanas após a vacinação e, geralmente, dura de 6 a 12 meses. Por isso a campanha de imunização é feita anualmente.
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