É normal ficar perdido depois de uma semana como a que passou. São oito ministros, 23 senadores, 38 deputados federais e mais cinco fortes lideranças políticas de Blumenau citados em pedidos de investigação que envolvem doações supostamente ilícitas da empresa Odebrecht e relações escusas com empreiteiros que estão no cerne da corrupção identificada pela Operação Lava-Jato. Mas depois das delações e seus conteúdos bombásticos, o que vem pela frente?

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O longo caminho começa nos próximos dias, com a elaboração de inquéritos por parte da Polícia Federal. O advogado blumenauense Cesar Wolff cita que esta etapa pode se tornar a principal de todas porque é quando se reúne a maior parte de materiais e indícios que podem dar sustentação a um eventual processo. Já a ação penal é tida como a fase mais longa pela complexidade de ouvir novas testemunhas, conferir provas e apurar responsabilidades.

Quanto tempo as investigações devem levar ainda é uma incógnita. Há estimativas de que os trâmites envolvendo lideranças locais possam levar entre um e dois anos. Mas o prazo pode se estender por fazer parte de uma rede maior, que são as delações da Lava-Jato. Em março de 2015 foram divulgados 47 nomes de políticos citados no que foi chamado de 1ª lista de (Rodrigo) Janot, procurador-geral da República.

Dois anos depois, apenas cinco viraram réus e nenhum ainda foi julgado. Apesar disso, casos ligados à Lava-Jato têm recebido ritmo mais acelerado – embalados pela velocidade da primeira instância, de Curitiba, que até fevereiro havia julgado 14 dos 21 envolvidos que continuavam presos.

Clique na imagem abaixo e confira como serão os próximos passos:

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