O mundo entrou em alerta nesta quinta-feira (21) após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciar que um novo míssil balístico de médio alcance foi usado em um ataque contra a região ucraniana de Dnipropetrovsk. O equipamento, chamado Oreshnik, atinge 10 vezes a velocidade do som e teria a capacidade de levar ogivas nucleares. Com informações do O Globo.
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Segundo Putin, o míssil é de médio alcance (MRBM), o que, de acordo com a Associação para o Controle de Armas, significa um alcance entre mil e 3 mil quilômetros, além de uma margem de erro de cerca de 150 metros em relação ao alvo determinado. O líder russo também disse que “atualmente não há maneiras de conter esta arma”.
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Segundo especialistas, os atuais sistemas de defesa aérea em operação na Ucrânia não são capazes de interceptar mísseis balísticos. O analista militar russo, Yan Matveev, disse acreditar que o Oreshnik seja uma adaptação do projeto de míssil balístico de alcance intermediário (IRBM) RS-26 Rubej, que tem alcance de até 5,8 mil quilôemtros e capacidade de levar até quatro ogivas nucleares de 0,3 megaton cada.
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O míssil balístico intercontinental é lançado a partir da terra, pode ser equipado com ogivas nucleares e, como o próprio nome evidencia, é projetado para viajar longas distâncias, superiores a 5.600 quilômetros. A enciclopédia britânica informa que somente os Estados Unidos, Rússia e China possuem esse tipo de mísseis.
O míssil lançado pela Rússia, no entanto, não transportava uma ogiva nuclear, comunicou uma fonte da Força Aérea ucraniana à agência de notícias AFP. Nesta quinta-feira, Zelensky, presidente da Ucrânia, chamou Putin de “maluco” e afirmou que o presidente russo “desdenha da vida humana”.
— Hoje, nosso insano vizinho mais uma vez revelou sua verdadeira natureza: seu desdém pela dignidade, pela liberdade e pela própria vida humana. (…) Hoje, foi um novo míssil russo. Sua velocidade e altitude sugerem capacidades balísticas intercontinentais. As investigações estão em andamento — disse Zelensky
EUA e Reino Unido autorizam mísseis
Desde o início da guerra, a Ucrânia pedia aos EUA permissão para usar mísseis norte-americanos para atacar a Rússia. Eles cederam logo após o conflito, ao fornecer os chamados ATACMS, mísseis de longo alcance norte-americanos ao governo de Volodymyr Zelensky, mas com condições. Eles deveriam ser utilizados para defesa própria dentro do território ucraniano — no caso de ataques aéreos russos.
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Quando a Coreia do Norte adentrou o conflito, no entanto, Joe Biden mudou de ideia, de acordo com fontes do governo norte-americano ouvidas pela imprensa local.
Nesta semana, com a autorização de Washington, a Ucrânia fez o primeiro ataque ao território russo, utilizando os mísseis ATACMS. Há relatos de que tropas norte-coreanas foram atingidas.
No dia seguinte, as forças ucranianas fizeram um novo ataque. Desta vez, eles utilizaram mísseis do Reino Unido, que também autorizou o uso dos artefatos para ofensiva.
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