A mulher de 27 anos que chamou a polícia para contar que havia matado o padrasto em Indaial não ficou presa, informou a Polícia Civil. Isso ocorre porque o flagrante não foi constado, já que o assassinato teria ocorrido na madrugada de sábado (19) e a ligação foi feita no domingo (20) à tarde.
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Advogado da jovem, Diego Valgas alega que a cliente agiu em legítima defesa ao sofrer uma tentativa de estupro. Ela já teria sido vítima de violência sexual em outros momentos, diz ainda o defensor. À Polícia Civil, a autora contou que foi abusada dos sete aos 13 anos, mas que nunca revelou o crime por ter sido ameaçada ao longo do tempo.
Ainda de acordo com o delegado Bruno Fernando, na madrugada de sábado padrasto e enteada entraram em luta corporal. O homem teria ficado desacordado durante a briga, instante em que a mulher tentou sufocá-lo com um saco plástico. Depois, usando uma faca, fez um corte no pescoço dele. A jovem fugiu para a casa da irmã, em Timbó.
Aos 48 anos, Acibalde Ribeiro era casado com a mãe da suspeita há mais de 20 anos. Segundo o advogado, a união era marcada por violência doméstica. O casal vivia no imóvel de Indaial com a jovem de 27 anos e os dois filhos dela. Na quinta-feira (17), depois de mais um episódio de agressão, mãe, filha e as crianças deixaram a casa.
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O caso chegou a ser registrado em boletim de ocorrência e a mãe da suspeita conseguiu na Justiça medida protetiva contra o marido. A jovem teria se envolvido na briga para defender a mãe. Longe do agressor, ela voltou na madrugada de sábado apenas para buscar roupas, disse em depoimento.
Após ser atacada e ferir o padrasto para se defender, ainda de acordo com o relato, a mulher seguiu para a casa da irmã. Como informou o crime mais de um dia depois de cometê-lo, não houve flagrante. Por isso, ela responderá em liberdade. Bruno explica que os envolvidos já foram ouvidos e que um inquérito policial será instaurado para “apuração das circunstâncias, motivação do crime e adoção das medidas necessárias”.
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