O caso de um morador de rua que teve relações sexuais com uma mulher e foi agredido ao ser flagrado pelo marido dela em Planaltina (DF) ganhou novo impulso nas redes sociais após o Metrópoles publicar entrevista com o sem-teto nesta quarta-feira (24).
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Na conversa com dois jornalistas do portal, Givaldo Alves, de 48 anos, narra sua versão sobre os fatos ocorridos no último dia 9, que terminou com ele sendo agredido pelo personal trainer Eduardo Alves, 31, marido da mulher.
As imagens da agressão foram captadas por uma câmera de segurança e reveladas também pelo Metrópoles, no último dia 14. Ao portal, o baiano Givaldo, ainda com marcas de agressão no olho e com dores na costela que teve fraturada, disse não se arrepender do caso e negou ter cometido estupro.
— Deus me colocou em um lugar cercado por câmeras que comprovam não ter havido nada disso — disse ele ao Metrópoles, em resposta a acusação do personal de que a esposa sofreu violência sexual por não estar em condições psicológicas para consentir o ato.
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Na semana passada, o companheiro dela disse ao colunista Léo Dias, também do Metrópoles, que a mulher havia sofrido um surto psicótico na ocasião em que se relacionou com Givaldo Alves e que estava internada para tratamento psiquiátrico.
No dia do ocorrido, a mulher encontrou Givaldo quando participava de uma ação em apoio a pessoas sem-teto promovida pela igreja evangélica que ela frequentava. Em áudio vazado em que narra sua versão, a esposa do personal diz, de maneira confusa, ter se relacionado consensualmente por ter visto Deus e o marido no morador de rua.
Em entrevistas a outros veículos, o morador de rua também expôs detalhes da relação sexual com a mulher, repetindo frases de efeito que se tornaram memes nas redes sociais e mostrando a mesma eloquência que apresentou no relato ao Metrópoles, quando disse ser fã de literatura e já ter exercido diversos trabalhos.
A cobertura feita pela imprensa gerou ainda debates sobre a exposição da mulher e alertas sobre o estado de saúde mental dela em meio à repercussão do caso nas redes sociais em tom de brincadeira.
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O que o morador de rua relata não é sexo e tá me incomodando demais essa exposição toda. A mulher internada numa clínica psiquiátrica até hoje e o país inteiro rindo de um homem falando em detalhes como foi fazer sexo com ela. Que sujeirada e que decepção de todos vocês
— a educadora preta (@profanegra) March 25, 2022
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o ocorrido e, conforme revelou o Metrópoles, o personal move uma ação judicial para derrubar perfis falsos que levam os nomes dele e da esposa nas redes sociais.
Veja mais reações de internautas nas redes sociais:
Detalhar, filmar, publicar em mídias de grande acesso e divulgar detalhes do corpo e do sexo de uma mulher sem sua autorização é violência de gênero.
— Lola Ferreira (@lolaferreira) March 25, 2022
Vou rápido pegar o contrafluxo:
Quanto mais voz dão a ele, mais exposta fica ela. Se você acha errado roda de homem sendo indiscreto com intimidade de mulher, porque agora é engraçado?
Por vontade própria ou surto, não sei. Só sei que ela nunca mais vai ter paz.— TANTANITTA Nº 1 OF UORDI (@tantotupiassu) March 25, 2022Continua depois da publicidade
Eu não suporto ser o “chato do rolê” mas eu realmente não me sinto confortável com o caso de uma mulher em surto estar sendo exposto dessa forma na internet, até lojas estão faturando com “meme”. A vida da mulher indo para o ralo e o povo sorrindo.
— Orlando Calheiros (@AnarcoFino) March 25, 2022
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