Em Paris 2024, o breaking será uma modalidade olímpica. No Brasil, o esporte ainda não é muito conhecido, mas já bem estruturado. O NSC Total preparou um especial sobre a modalidade estreante, quem pratica, o histórico, as características e como é o cenário do esporte no Brasil.
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A inclusão do breaking nas Olimpíadas é uma estratégia do Comitê Olímpico Internacional (COI) para atrair a atenção dos jovens para os jogos. O breaking é considerado mais que um esporte. Quem pratica costuma dizer que a primeira dança esportiva a fazer parte do programa olímpico é uma cultura e um estilo de vida.
Aliás, esta é a única modalidade estreante em Paris 2024. As batalhas de breaking vão acontecer na La Concorde, nos dias 9 e 10 de agosto de 2024, e vão contar com 16 B-Boys e 16 B-Girls, que é como são chamados os atletas.
Desde que o COI oficializou o breaking como esporte olímpico em dezembro de 2020, competições nacionais e internacionais entraram no foco dos competidores, para tentar garantir uma das 32 vagas disponíveis para as Olimpíadas de Paris.
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O que é breaking e como surgiu
O breaking ou breakdance é um esporte em que o foco principal está na dança. Surgiu a partir da cultura urbana do hip hop. A dança nasceu no Bronx, em Nova York nos anos 70, dentro das comunidades negra e latina, e foi uma forma de fazer com que as disputas entre gangues de rua por territórios virassem batalhas para saber quem apresentava os melhores movimentos.
Além disso, alguns DJs organizavam festas de rua que tocavam o ritmo e onde a pista virava palco para a dança. Quem mostrava seus talentos nas pistas, eram chamados de break-boys e break-girls, termos que, posteriormente, foram adaptados para B-Boys e B-Girls.
Logo depois, a cultura hip hop se espalhou pelo mundo. O breaking chegou ao Brasil nos anos 80, quando as disputas começaram a acontecer em São Paulo. Acompanhado por músicas com fortes batidas, agora o breaking vai além de dança e entretenimento. Trata-se de um esporte disputado mundialmente por atletas profissionais.
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As características do breaking
Desde que o breaking foi disputado nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Buenos Aires, em 2018, as batalhas começaram chamar atenção, principalmente pela forma de avaliação. O desempenho dos atletas é julgado com base em três critérios.
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Os jurados dão notas para a fisicalidade (corpo), artístico (mente) e interpretação (alma). Dentro de cada critério ainda existe uma subdivisão. Fisicalidade é avaliada 20% pela técnica e 13,3% pela variação de movimentos. No critério artístico, 20% para criatividade e 13,3% para personalidade. Já na interpretação, 20% para performance e 13,3% para musicalidade.
Para as Olimpíadas de Paris, um novo sistema de julgamento será introduzido. Segundo o B-Boy coreano Skim (Kim Heon-jun), especialista de sistema de competição de breaking, nos jogos olímpicos serão avaliados cinco critérios.
São eles musicalidade, vocabulário, originalidade, técnica e execução. Cada juiz terá também um botão de penalidade na sua frente que poderá ser usado em caso de mau comportamento de algum competidor.
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O breaking no Brasil
O Brasil já tem uma Seleção Brasileira de Breaking desde o final de 2021. Composta por oito B-Boys e oito B-Girls que recebem treinamento físico e técnico, suporte médico, psicológico e de fisioterapia e fazem viagens e participações em eventos internacionais.
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A seleção brasileira é composta por nomes como Toquinha, Drika, Pekena, Nathalia, Karolzinha, Mini Japa, Itsa e Maia no feminino. Entre os homens, Dinho, Luan San, Flash, Kapu, Ratin, Kley, Rato e Bart. Os atletas brasileiros do breaking também fizeram um intercâmbio com a seleção de ginástica artística, para mergulhar no universo olímpico.
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O que esperar da modalidade nas Olimpíadas de Paris
Paris vai receber 32 atletas de breaking, 16 de cada naipe. Duas vagas já são da França, e mais quatro vagas serão disponibilizadas por universalidade. Além disso, as outras 26 vagas virão do Mundial de 2023, etapas de classificação em cada continente e pela Série de Classificação Olímpica (OQS).
O Campeonato Mundial de Breaking 2023, realizado na Bélgica nos dias 23 e 24 de setembro, terminou com o B-boy Victor, dos Estados Unidos, como campeão masculino e a B-girl Nicka, da Lituânia, como campeã feminina. Com isso, os dois já carimbaram seus passaportes para os Jogos Olímpicos de Paris.
Além disso, 10 vagas estarão em disputa nos jogos continentais, como os Jogos Pan-Americanos 2023 em Santiago no Chile. A última etapa classificatória é a série de classificatórios olímpicos (SCO) que vai acontecer de março a junho de 2024 em local ainda não definido. As 14 vagas restantes serão decididas nesta fase.
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Veja a programação do breaking em Paris 2024
Sexta-feira, 9 de agosto
- B-Girls classificação
- B-Girls final
Sábado, 10 de agosto
- B-Boys classificação
- B-Boys final
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