A Polícia Civil descartou, nesta segunda-feira (11), a transfobia como motivação para o assassinato da cantora que foi encontrada decapitada e com as mãos e pés amarrados no município de Sinop, a 503 quilômetros de Cuiabá, no domingo (10). O corpo da artista de 27 anos, conhecida como Santrosa, foi encontrado um dia após ela desaparecer. Até o momento, nenhum suspeito foi localizado. As informações são do g1.

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Supostamente, a vítima estaria contra uma organização criminosa e repassando informações a outras pessoas, que ainda não foram identificadas. Essa é a principal linha de investigação, de acordo com o delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Braulio Junqueira.

Quem era a cantora trans e suplente de vereadora achada morta com mãos e pés amarrados

— A forma como foi feita a execução, sequestrar e decapitar a pessoa, é uma marca registrada dessa quadrilha. É para demonstrar o que é feito com “caguetas”, com informantes, com pessoa que joga contra os interesses da facção. Em razão disso, a polícia vai trabalhar, agora, para ver se consegue chegar aos autores desse crime. Nós não temos dúvida de que quem matou foi um integrante da organização. E agora falta definir realmente a motivação desse crime — conta o delegado.

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Ainda não há certeza se Santrosa estava ligada à alguma organização criminosa ou se estava repassando informações da facção para uma rival ou para autoridades políticas, de acordo com o delegado. Ela era suplente de vereador pelo PSDB pela primeira vez na cidade e, segundo amigos da vítima, “ficou assustada com o que acontecia na política”.

Quem era Santrosa?

Até a última atualização da matéria, nenhum suspeito havia sido identificado. O policiamento foi reforçado em toda a região de Sinop, informou a Polícia Militar.

A artista morava com o pai. No sábado (9), dia em que desapareceu, ela participaria de dois eventos. Santrosa foi vista pela última vez pela manhã.

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Ao retornar para a casa, por volta das 18h, o pai encontrou a porta da casa semiaberta e o ambiente bagunçado. De acordo com ele, alguns objetos também sumiram. A Polícia Civil foi quem confirmou que ela foi encontrada decapitada, com as mãos e pés amarrados.

A Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Mato Grosso comunicou que acionou o Grupo Estadual de Combates aos Crimes de Homofobia (GECCH). As organizações irão cobrar das autoridades a apuração do crime que revele os culpados.

*Sob supervisão de Luana Amorim

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