O assassinato a tiros de um cliente de uma loja de conveniência em São José, na Grande Florianópolis, na noite do sábado (28) ainda é investigado pela Polícia Civil no município. Já há confirmação, no entanto, sobre as identidades da vítima e do suspeito dos disparos, que ainda não se entregou às autoridades.

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A previsão do advogado do suspeito é de que ele vá se apresentar à 3ª Delegacia de Polícia de São José na tarde da próxima quarta-feira (1º). Abaixo, o Hora reúne uma série de perguntas e respostas sobre o que já se sabe sobre o homicídio.

Onde e quando ocorreu o crime?

O assassinato ocorreu em frente à loja de conveniência Whyskenta Bebidas, na avenida Presidente Kennedy, no bairro Campinas, por volta das 22h30 do último sábado. Eixo comercial da cidade, o local tem circulação intensa também à noite, com bares e food trailers abertos ao longo da via.

Quem cometeu o crime?

O suspeito do crime é Lincoln Zaghi Junior, de 26 anos, empresário à frente do Grupo LK, com quatro salões de beleza de luxo em São José e também em Florianópolis. Um deles, chamado Le Baron e praticamente em frente ao local do homicídio, foi alvo de protesto nesta segunda.

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Lincoln também atua com vendas online e prometia ganhos de até R$ 200 mil por mês com esse mercado ao oferecer o curso pago “O Segredo do Sucesso”, tema sobre o qual também tratava no Instagram e no YouTube. Após a ocorrência em São José, no entanto, a conta dele na primeiras dessas redes sociais foi retirada do ar, enquanto o canal de vídeo teve publicações removidas.

O empresário ainda aparece no Portal da Transparência, do governo federal, como beneficiário do auxílio emergencial, tendo recebido R$ 5.250,00 divididos em 15 parcelas.

Quem era a vítima?

A vítima do assassinato é Utan Guaraçai da Rosa Camargo, de 38 anos e natural de Cachoeira do Sul, município do Rio Grande do Sul. Ele trabalhava como garçom no Balcão Mané, restaurante do Mercado Público de Florianópolis e que prestou homenagem ao ex-colaborador nas redes sociais.

Em luto, o local ainda foi fechado nesta segunda, dia em que o corpo de Utan é velado no Crematório Catarinense, em Palhoça, a partir das 15h. A cerimônia de sepultamento está marcada para as 18h.

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Qual foi a motivação do crime?

A Polícia Civil investiga o caso como sendo um homicídio doloso, quando há dolo e, portanto, a intenção de matar. A defesa do suspeito diz que se trata, ainda assim, de um episódio de legítima defesa.

À Polícia Civil, a esposa de Utan, que confraternizava com o marido em frente à loja de conveniência na ocasião do crime, relatou que Lincoln teria entrado no estabelecimento para tirar satisfações em tom de ameaça com o proprietário do local, que, anteriormente, teria chamado a Guarda Municipal para multar o carro do suspeito por supostamente estar estacionado irregularmente em frente ao espaço.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o dono da loja de conveniência deu testemunho parecido sobre o ocorrido e afirmou que teria ouvido de Lincoln para “ficar ligado”.

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Após a ameaça, Utan teria se manifestado então em apoio ao proprietário do bar, quando foi baleado. A partir disso, Lincoln teria fugido em seu carro, que teve o código da placa anotado pelas testemunhas.

Um vídeo do momento da confusão e dos disparos foi cedido à reportagem pelo advogado Bruno Gastão da Rosa, que se apresenta como representante da defesa de Lincoln — ele afirma que o cliente desferiu os disparos em legítima defesa.

Em um primeiro contato, no domingo (29), o advogado também disse que o suspeito iria se apresentar à polícia no próximo dia de expediente e que não tem interesse em se manter foragido, mas, sim, em esclarecer os fatos. Acrescentou que Lincoln não se apresentou ainda por estar em estado de choque e por temer pela própria integridade física.

Veja vídeo do momento anterior aos disparos contra a vítima

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