Milla Vieira, de 33 anos, sofreu ataques racistas na internet após ser eleita a Miss Universo São Paulo na última quarta-feira (24). A modelo deve representar o estado no concurso nacional em setembro deste ano. As informações são do g1.
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Os casos de racismo aconteceram logo após o anúncio de que Milla representaria São Paulo no Miss Universo. Na ocasião, alguns perfis do Instagram fizeram comentários preconceituosos para contestar a vitória da modelo, uma mulher negra.
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“Ganhou pela cota, só pode”. “Calado eu me deito, sem processo me levanto”. “Por que agora tem cota reservada nestes concursos?”. “Perderam a noção de beleza mesmo, lacração tá f… hoje em dia”, são alguns dos comentários feitos nas redes sociais da modelo.
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Em entrevista à GloboNews, nesta quarta-feira (31), ela afirmou que o primeiro sentimento foi de choque e “depois indignação”. Mila registrou um boletim de ocorrência e um inquérito foi aberto para apurar o caso. Responsável pelo Instagram, a Meta disse ao g1, em nota, que não vai comentar o caso.
— Eu ganhei um concurso que era meu sonho participar. No dia seguinte, quando eu abri a minha rede social, eu já comecei a entender e ver os ataques direcionados a mim de forma gratuita — falou.
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Gerson Antonelli, presidente do Miss Universe Brasil, afirmou que os autores de comentários racistas serão punidos de acordo com a Lei do Racismo.
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“Venho, por meio desta, expressar minha indignação e repúdio contra certos indivíduos que usam as redes sociais para cometer crimes, incluindo racismo, pensando que ficarão ilesos de punição. Estou ciente sobre o assédio e bullying cometidos contra a Miss Universe São Paulo, Milla Vieira, através de comentários racistas que podem ser enquadrados na Lei 7.716/89”, disse ele em nota.
— Eu percebi que estou em todas as redes sociais, mas não de uma forma positiva. Infelizmente, de uma maneira bem negativa, as pessoas me comparando a animais — disse a miss após ler os comentários racistas.
Para a advogada Shirley Candido Claudino, membro da Comissão de Igualdade Racial e da Mulher Advogada da OAB-SP, o caso representa “ claramente as consequências do racismo estrutural e da hipocrisia social que permeiam nossa sociedade”.
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