O que se sabe sobre a morte de um garçom em sala de espera na UPA no Rio de Janeiro

Um paciente morreu aguardando atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio, na sexta-feira (13). De acordo com testemunhas o homem queixava-se de muita dor, e minutos depois ele estava sentado desacordado. As informações são do g1.

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Segundo a Secretaria de Saúde do Rio, quando a equipe percebeu que o homem estava desacordado o encaminhou para a Sala Vermelha, para atendimento, mas infelizmente ele não resistiu e foi constatada a parada cardiorrespiratória. O Instituto Médico Legal (IML) deve realizar a necrópsia nos próximos dias para divulgar a razão da morte da vítima.

Durante o velório, no domingo (15), o pai da vítima afirmou que ele chegou gritando de dor na UPA, solicitando atendimento, mas não foi atendido. O velório ocorreu em Mogi Guaçu (SP), cidade em que nasceu e a família mora.

— Ele chegou lá gritando de dor, pedindo atendimento e ninguém atendeu. Foi ficando lá, sentado. Até que morreu com o pescoço tombado — disse o pai do paciente ao g1.

Equipe de plantão foi demitida

A Prefeitura do Rio também está investigando o caso. Eles buscam entender o que aconteceu na Unidade para que o paciente não fosse atendido ali no momento. A prefeitura está analisando todas as câmeras de segurança e prontuários clínicos para finalizar a investigação interna sobre o ocorrido, de acordo com o secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz.

Mas já no sábado, sem as conclusões das investigações, o secretário demitiu os 20 funcionários que estavam de plantão no momento do ocorrido. As demissões foram efetuadas pois, de acordo com o secretário, toda a equipe é responsável pelo atendimento dos pacientes.

Paciente alegava dor constante

De acordo com relatos de familiares, o paciente reclamava de dores constantes no estômago há alguns meses. Eles alegam que a vítima ia com frequência para a Unidade de Atendimento, mas que reclamava do atendimento.

A companheira da vítima chegou a afirmar que ele chegou a esperar de três a cinco horas para ser atendido, e davam remédios para dor e o liberavam. A irmã dele afirmou que o paciente tinha um pedido médico para realizar uma endoscopia para o mês de janeiro para descobrir o motivo das dores.

No dia da morte, o paciente deu entrada às 20h30 e logo após foi acionada a equipe médica devido ao paciente encontrar-se desacordado. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que tudo aconteceu “muito rápido”, que o paciente estava lúcido, e entrou andando na unidade. Leia um trecho da nota.

“Segundo relatos iniciais dos profissionais, tudo aconteceu muito rápido, o paciente estava lúcido e entrou andando na unidade, acompanhado por uma pessoa que informou não poder permanecer no local. Dados do sistema mostram que a classificação de risco foi feita às 20h30 e, poucos minutos depois, foi acionada a equipe médica devido ao paciente encontrar-se desacordado. Ele foi levado à Sala Vermelha para atendimento, mas infelizmente não resistiu e foi constatada a parada cardiorrespiratória. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal para apurar a causa do óbito“.

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