A Polícia Civil investiga a queda de um avião de pequeno porte que havia saído de Florianópolis em direção a Belo Horizonte e caiu em Santa Branca, no interior de São Paulo, na última quarta-feira (23). As cinco pessoas que estavam a bordo da aeronave morreram.

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Veja o que se sabe e o que falta saber

Qual o trajeto do avião?

O avião decolou do aeroporto de Florianópolis no fim da tarde desta quarta-feira (23), às 16h51min, com destino ao Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. A previsão era de um voo de duas horas e meia, mas pouco mais de uma hora e meia após a saída, a aeronave sumiu dos radares de monitoramento, segundo informações da Força Aérea Brasileira (FAB).

Os destroços do avião foram encontrados no fim da noite, em uma área de mata entre as cidades de Paraibuna e Santa Branca, no interior de São Paulo. Os municípios ficam a cerca de 100 quilômetros da capital paulista.

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Quem são as vítimas?

Os ocupantes do avião eram Jefferson Rodrigues Ferreira (comandante que pilotava o avião), Dulcival da Conceição Santos (copiloto do avião), Sylvia Rausch Barreto (médica), Erisson Silva da Conceição Cerqueira (enfermeiro) e Joseilton Borges (mecânico de aeronaves).

Todos os cinco mortos na queda do avião moravam em Salvador, na Bahia. A empresa de táxi aéreo, Abaeté Aviações, tem sede na capital baiana.

Qual era a missão do voo

Segundo a Abaeté Aviações, o voo fazia traslado entre Florianópolis e Belo Horizonte. Nos destroços, foram encontrados equipamentos médicos. Segundo a empresa, a equipe estava retornando da capital catarinense, portanto não havia nenhum paciente na aeronave.

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Avião que caiu em SP fazia traslado entre Florianópolis e Belo Horizonte

Qual o modelo do avião?

A aeronave era um Embraer-121 Xingu, fabricado pela empresa brasileira em 1982. Segundo a Embraer, o modelo tem 14,45 metros de comprimento, além de 4,74 metros de altura e 12,25 metros de envergadura.

O avião pode atingir uma velocidade máxima de 456 km/h. O primeiro voo do modelo aconteceu há 48 anos, no dia 22 de outubro de 1976.

A documentação da aeronave estava em dia?

Sim. Segundo consta no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), a documentação da aeronave estava regular. A Certidão de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) do avião venceria em 25 de junho do ano que vem e a situação de aeronavegabilidade era considerada “normal”. O avião tinha permissão de operar como táxi-aéreo.

Avião que saiu de Florianópolis e caiu no interior de SP tinha cinco ocupantes; todos morreram

Como funcionou a operação de buscas?

O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil foram acionados para atender a ocorrência logo no início da noite desta quarta-feira (23). As equipes também tiveram ajuda da Polícia Civil para encontrar a aeronave ainda durante a noite.

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Devido à falta de visibilidade e às más condições do tempo, as equipes continuaram nas buscas durante a quinta-feira (24). Agentes da Força Aérea Brasileira (FAB) também atuaram. Os corpos foram localizados pelas equipes com auxílio de cães farejadores.

Os corpos foram encontrados?

Os corpos das cinco vítimas do acidente aéreo foram encontrados na quinta-feira. No fim da tarde, eles foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de São José dos Campos, onde devem passar por exames de DNA para a comprovação da identidade das vítimas.

A caixa-preta do avião foi localizada?

Sim. O Corpo de Bombeiros confirmou, na tarde desta quinta-feira (24), que as equipes da corporação encontraram a caixa-preta do avião. O objeto foi entregue a militares do Seripa 4, órgão regional do Cenipa em SP.

O Cenipa confirmou que o gravador de voz da cabine (Cockpit Voice Recorder – CVR) será encaminhado para o Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (LABDATA) do Cenipa, em Brasília (DF), para análise.

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Qual a causa da queda da aeronave?

Ainda não se sabe o real motivo da queda do avião. Relatos apontam que a aeronave colidiu com um morro, mas somente uma perícia detalhada e a investigação devem apontar o verdadeiro motivo.

Quais órgãos vão investigar o acidente?

A Polícia Civil fará a investigação criminal do acidente, enquanto o Cenipa deve investigar, por meio do conteúdo da caixa-preta e outras ações, o que aconteceu para resultar no acidente fatal.

Os detalhes do que foi gravado na caixa-preta ainda serão averiguados pelo Cenipa, mas, segundo o órgão, a principal função da caixa-preta não está ligada com estabelecer culpados pelos acidentes, mas sim ajudar a identificar as causas e ajudar na prevenção deles.

*Com informações do g1.

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