Uma megaoperação contra corrupção deflagrada na manhã desta terça-feira (6) mirou 28 cidades de Santa Catarina, 25 empresas e agentes públicos. A “Mensageiro” investiga suspeitas de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo dos municípios. 

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Ao todo, são 96 alvos das buscas, que envolvem órgãos públicos, residências particulares e empresas. Três prefeitos de Santa Catarina foram presos. Entre eles, estão o de Pescaria Brava, Deyvison Souza, cuja prisão, em Brasília, informada com exclusividade pela colunista Dagmara Spautz; o de Papanduva, Luiz Henrique Saliba; e de Balneário Barra do Sul, Antônio Rodrigues.

O Ministério Público chegou a pedir, ao todo, a prisão preventiva de sete prefeitos de diferentes regiões de Santa Catarina – mas nem todas foram decretadas pelo Tribunal de Justiça. O caso seguirá em fase de investigação.

O advogado Pierre Vanderlinde, que representa o prefeito Deyvison Souza, disse que ainda não teve acesso aos autos na íntegra e que se manifestará depois disso.

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Já a prefeitura de Papanduva emitiu nota, em que informa que está colaborando com as investigações – mas não cita a prisão do prefeito: “prezando pela transparência, todos os servidores colocaram-se à disposição das autoridades, fornecendo a documentação exigida e colaborando com a apuração dos fatos”.

A prefeitura de Balneário Barra do Sul também emitiu nota em que não cita a prisão do prefeito. “O prefeito Antônio Rodrigues disponibilizou os documentos solicitados a partir de 2019, necessários à investigação. A Prefeitura está colaborando com as autoridades e aguarda que os fatos sejam devidamente esclarecidos”, diz o comunicado.

De acordo com Dagmara Spautz, colunista da NSC, os três prefeitos passaram por audiência de custódia no fim da tarde desta terça-feira.

Prefeituras da região Norte se manifestam

Procuradas pela NSC TV, diversas prefeituras da região Norte de Santa Catarina se manifestaram, por meio de nota, sobre a operação do Gaeco. 

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A de Guaramirim afirma que “prezando pela transparência, o prefeito Luís Antônio Chiodini mobilizou a equipe e orientou que toda documentação solicitada seja fornecida imediatamente, a fim de contribuir com a operação. Cabe salientar que a requisição foi de documentos desde o ano de 2004”. 

Por sua vez, Papanduva cita que “todos os servidores estão à disposição das autoridades, fornecendo a documentação exigida e colaborando com a apuração dos fatos”. 

Barra Velha diz que os mandados não envolvem a prefeitura. “Outrossim, houve cumprimento de ordem judicial de busca e prisão neste município, contudo, não há o envolvimento de agente público da municipalidade e desconhece os possíveis envolvidos. O Município tem colaborado com todos os questionamentos promovidos pelo MPSC, fornecendo todos os dados e documentos quando solicitados”. 

Campo Alegre e Joinville também reforçam que as ordens judiciais não estão relacionadas com a prefeitura. 

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