O candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, foi atingido por uma facada no abdômen na tarde desta quinta-feira (6), em Juiz de Fora, Minas Gerais. Ele foi encaminhado para o hospital Santa Casa de Misericórdia, onde fez uma cirurgia.

Continua depois da publicidade

Confira o que se sabe sobre o ataque:

Como foi o ataque?

O candidato participava de um ato de campanha no parque Halfeld, na área central de Juiz de Fora, às 15h desta quinta-feira (6). Enquanto ele era carregado nos ombros por apoiadores, foi atingido por uma faca na região do abdômen.

Quem é suspeito do ataque?

Imediatamente após o ataque, policiais federais prenderam em flagrante Adelio Bispo de Oliveira, 40 anos. À Polícia Civil, ele afirmou ter cometido o crime “em nome de Deus”.

O ataque foi assumido por algum grupo político?

Não. Em notas à imprensa e nas redes sociais, todos os candidatos à Presidência da República repudiaram o ataque. Nenhum outro grupo político assumiu a autoria da agressão.

Existe alguma relação do suspeito da agressão com partidos políticos?

Não. O suspeito foi filiado ao PSOL até 2014, mas não guarda qualquer relação recente com o partido. Em nota, a agremiação confirmou a filiação de Adelio e ratificou que repudia as agressões a Bolsonaro.

Continua depois da publicidade

Existe algum outro suspeito do ataque?

Sim. Ele foi detido pela Polícia Federal para questionamentos e averiguação, uma vez que não houve confirmação do flagrante. Ainda não está confirmada a sua participação no crime.

Qual a condição de saúde de Jair Bolsonaro?

Ele passou por cirurgias na tarde desta quinta-feira (6) e foi para a UTI. Durante a noite, os médicos da Santa Casa de Misericórdia afirmaram que os procedimentos foram bem-sucedidos e que a condição de saúde do candidato é “naturalmente grave, mas estável”.

Como foram os procedimentos cirúrgicos em Jair Bolsonaro?

De acordo com os médicos, Bolsonaro chegou ao hospital com pressão baixa e em “estado de choque”. Ele teve cinco lesões — uma veia no abdômen, três perfurações no intestino grosso e uma lesão grave no intestino grosso, além de hemorragia interna provocada por esses problemas. Os procedimentos de sutura resolveram a hemorragia. Uma bolsa intestinal foi colocada através de colostomia.

Por que a Polícia Federal estava escoltando Bolsonaro

Prevista em lei, a atuação da Polícia Federal (PF) pode ser solicitada por qualquer candidato à Presidência da República, conforme decreto nº 6.381, de 27 de fevereiro de 2008:

Continua depois da publicidade

“Os candidatos à Presidência da República terão direito a segurança pessoal, exercida por agentes da Polícia Federal, a partir da homologação da respectiva candidatura em convenção partidária”.

No caso de Bolsonaro, além dos agentes, uma equipe particular contratada pelo deputado também acompanha seus eventos.

Posicionamento de Temer

O presidente Michel Temer classificou como lamentável o episódio. O presidente disse que o episódio demonstra a falta de tolerância da sociedade brasileira. Temer também pediu ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, reforço da Polícia Federal na segurança dos presidenciáveis.

“Vamos sair maiores”, diz vice

Após participar do Congresso Brasileiro de Neurocirurgia, em Porto Alegre, o general Antônio Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice na chapa de Bolsonaro, classificou o ataque contra o presidenciável como uma ação contra o Estado. Mourão também disse o presidenciável vai “sair maior” desse episódio.

Continua depois da publicidade

Leia também:

VÍDEO: veja o momento que Bolsonaro é atacado com uma facada

“Só se aproximou e esfaqueou”, diz deputado que estava em ato de Bolsonaro

Upiara Boschi: atentado a Bolsonaro é sintoma de um país doente

Moacir Pereira: presidente do PSL-SC condena agressão a Bolsonaro