Os walkie-talkies, que explodiram em Beirute e no sul do Líbano e deixaram mortos e feridos, foram adotados na Segunda Guerra Mundial e são equipamentos de comunicação por rádio. Durante as explosões, que ocorreram nesta quarta-feira (18), segundo o Ministério da Saúde libanês, 14 pessoas morreram e 450 ficaram feridas. No total, são 26 mortes decorrentes de explosões de dispositivos eletrônicos desde a terça.
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De acordo com informações do g1, a invenção é creditada a Donald Hings, britânico radicado no Canadá, e os aparelhos foram adotados por militares, americanos, canadenses e britânicos em 1943. Anos mais tarde, os equipamentos se popularizaram como meio de comunicação na segurança, comércio e outras áreas.
A comunicação desses aparelhos acontece por meio da conversão de ondas sonoras em sinais de rádio, que depois são decodificados pelo receptor. Kim Rieffel, vice-presidente de Telecomunicações da Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac) explicou em entrevista ao g1 que duas ou mais pessoas podem conversar instantaneamente ao usar o aparelho, pressionando um botão (geralmente chamado de ‘push-to-talk’) para falar e liberando o botão para ouvir.
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Diferença entre walkie-talkies e pagers
Na terça-feira (17), várias explosões em sequência de aparelhos eletrônicos chamados pagers deixaram nove pessoas mortas e 2.750 feridas no Líbano. Tanto os walkie-talkies quanto os pagers se comunicam por meio de ondas de rádio. No entanto, enquanto o walkie-talkie só é usado para comunicação por voz em tempo real, o pager serve para transmitir mensagens de texto e de voz.
Os pagers foram usados nas décadas de 1980 e 1990 e foram adotados pelo grupo extremista Hezbollah para evitar que os integrantes fossem rastreados em Israel.
O aparelho guarda mensagens que podem ser reproduzidas posteriormente. Segundo o g1, são utilizados para o envio de alertas ou notificações e são úteis em ambientes médicos, empresariais ou de emergência, por exemplo.
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