Com uma das três cadeiras em disputa, a eleição para a vaga ao Senado por Santa Catarina tem 10 candidatos nas eleições deste ano. O senador é o agente político que ocupa, no Brasil, um cargo público por mais tempo. O mandato dura oito anos com a possibilidade de reeleição.
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Os atuais senadores são Dário Berger (PSB), Esperidião Amin (PP) e Jorginho Mello (PL). Eleitos em 2018, Amin e Jorginho disputam agora o governo estadual. Já Berger tenta a reeleição ao Senado.
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O cenário de maior mudança na bancada catarinense ao Senado pode ocorrer caso Jorginho ou Amin seja eleito e Dário não conquiste a reeleição. Neste caso, além do novo senador eleito, um suplente assumiria os quatro anos restantes do mandato de Jorginho ou de Amin.
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O DC questionou os candidatos ao Senado de partidos com mais de cinco representantes no Congresso Nacional, sobre as propostas, relação com o futuro governador e os motivos que devem levá-los a Brasília.
Veja o que disseram os candidatos, em ordem alfabética
Afrânio Boppré (PSOL)

Ele tem 61 anos e atuou como deputado estadual entre 2003 e 2007 e foi eleito vereador de Florianópolis por três mandatos, o último nas eleições de 2020
1) Qual a sua principal proposta da campanha?
Nossa proposta é enfrentar o ataque constante à democracia. Não vamos aceitar retrocessos. Vamos criar um fórum para democratizar o mandato de senador, que será permanente, itinerante, para mobilizar toda a sociedade. Também vamos lutar para revogar a reforma trabalhista. E não vamos aceitar o teto de gastos, que tira dinheiro da saúde e da educação.
2) Se for eleito, como será a sua relação com o governador vencedor?
Será uma relação republicana. Serei representante do estado de Santa Catarina e não só do governo de Santa Catarina. Mas com o governador, como chefe de Estado, teremos um canal constante de diálogo, de apoio a agenda das ações governamentais.
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3) Por que o senhor quer ser senador por Santa Catarina?
Os três senadores atuais pouco fazem. Estão mais parados que água de poço. É preciso vitalidade e energia para essa representação, que tenho. Não sou candidato de mim mesmo e nem por vaidade. Quero movimentar Santa Catarina no sentido das políticas públicas e para defender os interesses dos catarinenses. Também para apoiar as mudanças que o Brasil precisa, no governo Lula, e defender os interesses dos trabalhadores.
Celso Maldaner (MDB)

Ele tem 68 anos e foi prefeito de Maravilha por três vezes, entre 1983 e 2004, atua como deputado federal desde 2007
1) Qual a sua principal proposta da campanha?
Honrar o voto dos catarinenses, como sempre fiz na vida pública. Ficar ao lado do correto, manter as mãos limpas; defender a nossa gente, por toda Santa Catarina; combater privilégios, regalias, e trabalhar como parceiro do agronegócio, do cooperativismo, da indústria, enfim, de quem produz.
2) Se for eleito, como será a sua relação com o governador vencedor?
Se tem uma coisa da qual me orgulho é que os apoios e as conquistas obtidas em tudo o que me propus, seja como homem público ou empresário, sempre se construiu na base da conversa, do tom conciliador. E assim se dará com o governador eleito que, acreditamos, será Carlos Moisés.
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3) Por que o senhor quer ser senador por Santa Catarina?
Sou o deputado federal que mais trouxe recursos para nossas cidades: mais de R$ 1 bilhão em emendas individuais e de bancada, além das extraorçamentárias, que só consegue quem trabalha muito e mantém portas abertas nos ministérios. Eleito, serei o senador que mais trará recursos para toda Santa Catarina.
Dário Berger (PSB)
Ele tem 65 anos e foi prefeito de São José, de 1996 a 2004, e de Florianópolis, de 2005 a 2013. Foi eleito senador em 2014, para mandato que se encerra este ano

1) Qual a sua principal proposta da campanha?
Sou o senador que mais conquistou recursos em toda história de Santa Catarina. Foram R$ 1,2 bilhão que sem pulso firme iriam para outros estados. Investimos em hospitais, postos de saúde, remédios, exames, rodovias e outras áreas. A principal meta é seguir defendendo os interesses dos catarinenses.
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2) Se for eleito, como será a sua relação com o governador vencedor?
Será uma relação de respeito e diálogo – como sempre foi. Acima de qualquer divergência, defendo os interesses dos catarinenses. Acredito que Décio seja o candidato mais preparado para trabalharmos juntos e transformarmos Santa Catarina num estado de muito mais oportunidades e justiça social.
3) Por que o senhor quer ser senador por Santa Catarina?
Sou um senador municipalista. Com experiência e trabalho prestado. Ocupei as comissões mais importantes do Congresso e lutei pelo respeito que o Estado merece. O resultado disso, além dos recursos conquistados, são os projetos que aprovamos. Como o Fundeb, que dobra o investimento na educação básica.
Hilda Deola (PDT)

Ela tem 57 anos e foi eleita vereadora de Itajaí, em 2020
1) Qual a sua principal proposta da campanha?
Meu objetivo é estar no Senado representando as mulheres e os catarinenses, ampliando as políticas públicas voltadas para igualdade de gênero e de proteção à mulher, lutando pela valorização da cultura e da educação.
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2) Se for eleita, como será a sua relação com o governador vencedor?
Independente do resultado da eleição para governador, trabalharei sempre em prol do melhor para o povo de Santa Catarina, defendendo as pessoas e seguindo com o que acredito e já exerço em meu mandato como vereadora.
3) Por que a senhora quer ser senadora por Santa Catarina?
Para que possamos mostrar a força e a capacidade da mulher trazendo a renovação dos nossos representantes. Para que tenhamos um olhar sensível e a escuta atenta que a população precisa dentro do Senado.
Jorge Seif (PL)
Ele tem 45 anos e foi secretário de Aquicultura e Pesca no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na gestão de Jair Bolsonaro

1) Qual a sua principal proposta da campanha?
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Realizar, com o presidente Bolsonaro, as reformas que o Brasil exige. Reforma tributária para baixar a carga de impostos que pesa sobre quem trabalha e de quem empreende. A reforma do pacto federativo para trazer mais investimentos para Santa Catarina. E as reformas administrativa e política.
2) Se for eleito, como será a sua relação com o governador vencedor?
A relação será absolutamente republicana. Serei representante do povo catarinense. Independente de qual seja o governador, vou atuar em defesa dos interesses do Estado e da nossa população. E como tenho certeza de que o eleito será Jorginho Mello, essa relação será ainda melhor.
3) Por que o senhor quer ser senador por Santa Catarina?
Para defender os catarinenses no Congresso Nacional. Garantir mais investimentos federais no Estado. Contribuir com o presidente Bolsonaro para seguir reconstruindo o Brasil. E, também, para evitar que um representante da esquerda, em especial do PT, ocupe essa vaga que é do povo catarinense.
Kennedy Nunes (PTB)
Ele te 52 anos e foi vereador em Joinville, de 1998 a 2004, e atua como deputado estadual desde 2007
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1) Qual a sua principal proposta da campanha?
Nossa proposta é cumprir a missão de fazer valer o Art. 52 da Constituição, que diz que cabe privativamente ao senado, corrigir erros de ministros do STF. Aceitei a missão para combater os abusos que eles vêm cometendo, além de realizar mudanças na forma da escolha dos ministros. Precisamos alterar o pacto federativo e leis penais mais rígidas.
2) Se for eleito, como será a sua relação com o governador vencedor?
Meu voto e confiança é para o Amin, entendo ser o melhor para Santa Catarina, pela experiência ele irá trazer, de novo, o Estado para os trilhos da administração com zelo e com indicadores. Vamos conseguir tirar Santa Catarina da página policial e colocar na página do desenvolvimento, da tecnologia, da transparência.
3) Por que o senhor quer ser senador por Santa Catarina?
Recebi a missão de vida minha, ir para o Senado e defender a nossa liberdade. Para restabelecer a ordem como garante a Constituição. Não permitir que o STF vire uma casa política e ideológica. Fazer mudanças estruturais em leis, especialmente no processo penal e no pacto federativo. O Senado precisa de gente séria, “sem rabo preso”, sem ação na Justiça.
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Luiz Barboza (Novo)
Ele tem 70 anos e é médico e empreendedor

1) Qual a sua principal proposta da campanha?
Quero reestabelecer a ordem e o equilíbrio entre os poderes. Cobrando principalmente o STF, que, a meu ver, hoje falha em cumprir seu papel constitucional e se tornou um instrumento de instabilidade institucional. Está mais do que na hora de cobrar dos ministros responsabilidade sobre seus atos.
2) Se for eleito, como será a sua relação com o governador vencedor?
Independentemente de quem seja o próximo governador, minha postura será absolutamente republicana ao cobrar-lhe por medidas que simplifiquem a vida do catarinense, facilitem o empreendedorismo e a responsabilidade fiscal. Farei política sem conchavos, avaliando cada matéria independente do autor.
3) Por que o senhor quer ser senador por Santa Catarina?
Porque o nosso Estado merece um senador que de fato represente o seu povo ao permitir-lhe mais autonomia e liberdade através de uma reforma no pacto federativo, com mais poder e recursos nas cidades, de forma a devolver a condição de desenvolvimento ao catarinense.
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Raimundo Colombo (PSD)
Ele tem 67 anos e foi senador, de 2006 a 2010, e também foi governador de Santa Catarina, de 2011 a 2018

1) Qual a sua principal proposta da campanha?
A defesa de SC. Brasília nos trata como se fôssemos a Suíça brasileira, sem problemas. Mas temos desafios enormes de infraestrutura e saúde. Vou tratar dos temas nacionais também: não há futuro sem a harmonia entre os poderes, cada um no seu lugar, para que o governante eleito possa de fato governar.
2) Se for eleito, como será a sua relação com o governador vencedor?
Briga política não constrói pontes, hospitais e nem escolas. As divergências devem ficar restritas ao campo eleitoral. E no campo político o que deve acontecer é um bom trabalho em favor da sociedade. Esse é o meu espírito, sempre agi assim e isso me fortalece. Como senador, não será diferente.
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3) Por que o senhor quer ser senador por Santa Catarina?
Tenho experiência, disposição e vontade para continuar trabalhando por SC. O relacionamento que construí fortalece o espaço de liderança para agir em favor de SC. Brasília é uma terra difícil para conseguir espaço, as pessoas estão lá há muito tempo. Vou buscar mais representatividade para SC.