A propaganda eleitoral no rádio e na televisão começa hoje e se estende até o dia 29 de setembro para os candidatos a prefeito e a vereador de Joinville. Com as mudanças na legislação, o tempo destinado ao horário gratuito foi reduzido – são dois blocos de dez minutos para a disputa majoritária, de segunda a sábado, além de inserções na programação durante o dia.

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Os postulantes às 19 vagas no Legislativo vão aparecer apenas durante as inserções, que serão veiculadas entre as 5 horas e a meia-noite. Na disputa joinvilense, o candidato a prefeito com maior tempo no horário eleitoral será Udo Döhler (PMDB), com 2 minutos e 29 segundos, resultado da coligação com outros sete partidos. Já o professor Marcos Soares (PEN) terá apenas nove segundos por dia para divulgar suas propostas.

Na TV, as propagandas irão ao ar entre 13h e 13h10 e das 20h30 às 20h40. No rádio, a transmissão ocorre entre 7h e 7h10 e das 12h às 12h10. Durante o dia, também ocorrem 70 minutos de inserções espalhadas durante a programação, sendo 60% do tempo reservados aos candidatos a prefeito.

Segundo o cientista político Jeison Giovani Heiler, pesquisas recentes mostram que o horário político é prestigiado pela população e ainda tem importante repercussão para o eleitor.

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– As alterações que foram introduzidas favorecem, principalmente, os candidatos (a prefeito e vereador) que são reelegíveis ou já têm trajetória mais conhecida. A reforma acaba desprestigiando os novatos, que estão entrando agora na disputa. Eles têm um tempo menor de exposição no rádio e na televisão e aquela propaganda de rua também foi bastante limitada. O principal efeito deve ser uma baixa renovação nos cargos políticos, apesar de que nunca dá para se adivinhar o que vai acontecer na política – explica Heiler.

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Com menos tempo e visibilidade na televisão e no rádio, os candidatos vão precisar definir a melhor estratégia para serem eficientes na propaganda eleitoral. Para os vereadores, Heiler explica que há a vantagem de que eles terão a oportunidade de despertar mais a atenção do eleitor em inserções durante a programação, diferentemente das últimas eleições, quando eram reunidos em um bloco, um atrás do outro.

No entanto, o cientista político diz que o desafio não muda e a estratégia de se apresentar de forma criativa e com slogans chamativos continuará sendo usada pelos vereadores neste ano. No caso da disputa majoritária, o especialista aponta uma exigência de maior dinâmica nas informações, com um acompanhamento do dia a dia.

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Os candidatos terão a oportunidade de aproveitar melhor a repercussão gerada pelas propagandas nas redes sociais, utilizando essas discussões no horário reservado a eles no dia seguinte. Heiler afirma que isso pode ter como efeito uma atenção um pouco maior do eleitor.