Manhã de terça-feira, aposentados sentados no banco da praça jogam conversa fora. Trabalhadores com andar apressado nem olham para o lado, outros esperam o tempo passar, turistas estrangeiros procuram o melhor ângulo para uma boa foto. A Praça da República, centro nervoso do Rio, é o lugar ideal para saber: o que o Brasil pensa de Luiz Felipe Scolari?

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No dia da última convocação da Seleção antes da Copa das Confederações, a praça é o termômetro: no entusiasmo para falar de futebol, a confiança em Felipão é dividida. Nem a resistência de 2001, quando o gaúcho foi contratado pela CBF, nem a certeza de títulos que veio após o penta, no ano seguinte.

Numa rápida enquete com um grupo de senhores, a pergunta é direta: o Brasil vai ser campeão em 2014? Das 20 respostas, 14 foram “não”. Destes, 11 apostaram na Espanha. Perguntei aos mesmos 20 se Felipão era o nome certo para dirigir o time. Doze disseram que sim, que têm confiança total nele. Entre os argumentos, a disciplina e o espírito agregador foram citados como características que podem fazer um grupo limitado jogar.

Pouco depois da enquete, a Seleção do jogo contra o Chile surgia no site da CBF. Só com jogadores que atuam no país – Leandro Damião, Fernando e André Santos entre eles. Serão os 18 com a oportunidade de ir à Copa das Confederações, e provar se aquele confiante senhor flamenguista, que disse “Felipão já fez dar certo, fará de novo”, tinha razão.

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