Confirmado na Série A do Brasileiro 2019, o Avaí já começa a planejar os próximos passos. Sob o comando de Francisco Battistotti, o clube precisa se precaver para não retornar à Segunda Divisão logo em seguida. O chamado “efeito gangorra” afeta o Leão desde 2014. Sucessivamente, desde então, os azurras chegam ao acesso em anos pares, mas são rebaixados nos ímpares. Pelo menos cinco pontos importantes, se seguidos à risca, podem ajudar a evitar que tal sequência volte a assombrar à Ressacada. Alcançar a permanência na elite por um período maior está nos planos.

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1 – Poupar energia no primeiro semestre

A utilização de um elenco alternativo, com jogadores da base ou que voltem de empréstimos, pode ser a solução viável e prática para os primeiros meses do ano. O Atlético-PR é um claro exemplo de que essa situação pode render bons frutos no decorrer da temporada. O clube paranaense tem feito isso nas últimas temporadas e, em 2018, chegou à final da Copa Sul-Americana, além de afastar qualquer risco de rebaixamento na Série A. De janeiro a abril, o Leão terá Catarinense e Copa do Brasil pelo caminho. No Estadual, esse modelo pode ser facilmente aplicado.

2 – Manter a espinha dorsal do time

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Por mais que tenha perdido o capitão, líder e ídolo Marquinhos, aposentado ao fim da Série B deste ano, o Avaí tem que manter a espinha dorsal do time. Nomes como Aranha, Betão, Judson e Renato, por exemplo, não podem deixar o elenco em 2019. A partir daí, o grupo precisa ser moldado de acordo com a característica de cada um e também do que o técnico Geninho pretende apostar. O mais importante, porém, é ter um ponto de partida, além de confiar nos que conhecem e vivenciaram de perto o tamanho do sofrimento que foi recolocar o Leão na elite do futebol brasileiro.

3 – Finanças equilibradas

A saúde financeira do Avaí será uma importante aliada para que o time consiga bons resultados ao longo da temporada. Pagamento de salários e premiações não podem sofrer atrasos. Muitos clubes que chegam à elite, fazem loucuras e gastam mais do que têm em caixa. E se isso ocorre, em algum momento a engrenagem fica comprometida. O resultado quase sempre é o mesmo: rebaixamento. A manutenção na Série A depende de contas equilibradas e compromisso em dia com atletas, comissão técnica e funcionários. Essa situação também contribui com um bom ambiente.

4 – Exemplo catarinense

A Chapecoense subiu em 2013 e conseguiu se manter por alguns anos na Série A. Com boa administração e com planejamento adequado à realidade do clube, tem feito campanha de manutenção em boa parte das vezes desde que chegou à elite. Em outras, conseguiu até mesmo ir além e conquistar um lugar na Libertadores, como foi na temporada 2017. O bom exemplo é algo a seguir. Medalhões passam longe da Arena Condá e o mesmo deve acontecer na Ressacada. Um trabalho com os pés no chão, de resultados e que sirva para torcida jogar junto, lotar o estádio e ser um trunfo de extrema importância.

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5 – Mentalidade vencedora

Jogar para frente e buscando o resultado positivo, sempre. Não pode ser apenas um time reativo, que vá correr atrás da virada depois que sofrer o gol. É algo como não se apequenar. Respeitar o adversário, sim. Isso é do futebol. Mas se impor é outra coisa. Na Ressacada, por exemplo, o time tem que ter um aproveitamento excelente. A partir disso, a conquista de pontos como visitante vai determinar que a briga pelo rebaixamento estará longe. A disputa será por vagas restantes nas competições da Conmebol, como Sul-Americana ou, ainda, Libertadores.

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