Desde as últimas eleições para o governo de Santa Catarina e a presidência do Brasil, há quatro anos, muita coisa mudou na política e economia. A pandemia fez a inflação disparar e também reduziu a renda média dos catarinenses. Por outro lado, dados do IBGE mostram que a taxa de desemprego no estado diminuiu entre 2018 e 2022. 

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De acordo com a Pesquisa de Amostra a Domicílios do IBGE, no segundo trimestre de 2018 (de abril a junho) a taxa de desemprego em Santa Catarina era de 6,6%, e caiu para 3,9%, no mesmo período de 2022. Já a renda média mensal dos catarinenses caiu de R$ 3.046, em 2018, para R$ 3.008, em 2022.

De acordo com o professor e economista Jamis Piazza, mesmo com a crise econômica provocada pela pandemia, a economia catarinense “se comportou muito bem” nos últimos quatro anos, comparada aos outros estados brasileiros.

— O nosso índice de desemprego ficou muito baixo, porque as empresas se preparam para essa condição. Elas praticaram uma política de redução de jornada de trabalho e salário, mas com uma garantia: manter o emprego. Houve até uma queda no poder aquisitivo, mas as famílias se mantiveram no seu emprego, então automaticamente continuam podendo atender suas necessidades básicas — destaca o economista.

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A queda na renda foi acompanhada da disparada na inflação, o que reduziu o poder de compra dos catarinenses em 2020 e 2021. No entanto, os preços deram uma trégua nos últimos meses, como mostra o Índice de Custo de Vida (ICV) de Florianópolis, calculado pela Udesc/Esag.

A inflação acumulada até agosto de 2022 foi de 3,59%. O índice no mesmo período de 2018 foi de 3,73%. 

Ano de recuperação pós-pandemia

Para o economista da Federação do Comércio de Bens e Cerviços de Santa Catarina (Fecomércio-SC), Alisson Fiuza, o ano de 2022 é marcado pela recuperação da economia catarinense dos efeitos da pandemia, um cenário diferente de 2018.

— Em 2018 a economia passava por um processo de recuperação dos efeitos da crise de 2015 e 2016. Neste ano, o panorama da economia são reflexos dos efeitos da pandemia, que resultaram em restrições das atividades econômicas, desestruturação das cadeias produtivas e em mudanças de comportamento dos consumidores. A economia de Santa Catarina está se adaptando a esse novo cenário, principalmente buscando se recuperar das perdas da pandemia — explica.

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Um dos setores mais atingidos pela pandemia, o turismo, superou o nível pré-pandemia somente em julho deste ano. A perspectiva é boa para o final de ano, principalmente com a retomada de eventos, como shows nacionais e internacionais e as festas de outubro.

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