Nesta quarta-feira (10) faz 100 dias que Carlos Moisés da Silva (PSL) tem nas mãos a caneta mais importante de Santa Catarina. Como governador desde 1º de janeiro, herdou a gestão de um Estado considerado privilegiado, mas também puxado por uma máquina pública inchada e capenga financeiramente. Tão importante quanto a caneta nas decisões, a tesoura passou a ser instrumento indispensável para Moisés, frente a uma dívida pública calculada em R$ 21 bilhões.

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Após três meses e 10 dias como inquilino da Casa D’Agronômica, o governador já pôde experimentar na prática o discurso de cortes de gastos e otimização de recursos: anunciou a dispensa de comissionados, fusão de secretarias e extinção de órgãos públicos. Acabou até com o cafezinho nas repartições. Mas o rombo no caixa do governo continua bilionário e ainda há muito trabalho por fazer.

Seus primeiros passos nessa corda bamba entre o equilíbrio das contas e a eficiência do governo agora são avaliados com base em cinco pilares do projeto SC Ainda Melhor: gestão da dívida pública, foco na segurança pública, valorização da educação, investimento em tecnologia e inteligência, além de eficiência na administração com visão de estadista.

São os eixos que basearam a cobertura da NSC Comunicação nas discussões com os candidatos ao governo de Santa Catarina em 2018, quando Moisés ainda era um oficial aposentado do Corpo de Bombeiros em sua primeira candidatura política.

As prioridades de cada eixo foram organizadas a partir de sugestões de 25 entidades ouvidas no projeto. No aniversário de 100 dias da nova gestão, lideranças dos mesmos grupos organizados voltam a se manifestar para apontar o que foi correspondido e o que ficou aquém das expectativas na largada da era Moisés (confira abaixo).

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A condução da segurança pública, que aproximou as corporações do Estado e estabeleceu uma mesma hierarquia para as polícias Civil, Militar, além dos Bombeiros e o IGP, concentra as impressões mais positivas neste início de governo. A redução de homicídios, furtos e roubos dá crédito às mudanças promovidas na atual gestão.

Avaliações animadoras se repetem em relação às ações do Estado na área de tecnologia e nas iniciativas de inteligência. Na educação, é praticamente consenso que as mudanças ocorrem em longo prazo e é preciso mais tempo antes de se tomar conclusões definitivas.

Situação das contas é o que mais preocupa

A gestão da situação financeira do Estado, que chegou a ser descrita como "na beira do precipício" pelo secretário da Fazenda, Paulo Eli, divide opiniões. A atuação de Moisés no papel de estadista também desperta reações diferentes entre as entidades ouvidas pela reportagem da NSC.

Em coletiva à imprensa nesta terça, o governador reuniu todo o primeiro escalão a sua volta e atribuiu os principais avanços da gestão ao time formado no período de transição dos governos.

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— A maior obra do governo Moisés e Daniela (vice) se deu em novembro e dezembro de 2018. Essa equipe de trabalho talvez seja a maior obra que o governo vai entregar para os catarinenses. É deles e por eles que sou cobrado para dar as respostas e as satisfações. É deles que eu cobro resultados — reforçou.

Moisés também descreveu a condição financeira do governo como um grande "pepino", que precisa ser descascado, cozido e fatiado daqui para frente.

— Não somos um governo que tem o perfil de fazer promessas, nem de agradar todo mundo. Mas estamos no caminho certo, não tenho dúvidas. Nossa ideia é de que, conversando, a gente busque a eficiência. Vamos fazer história — anunciou o governador.

Como essa história será escrita, o tempo vai dizer. Até o fim do mandato, faltam outros 1.360 dias.

Confira a avaliação do desempenho da gestão Moisés

Gestão da dívida pública

Foco na segurança pública

Eficiência na gestão e visão de estadista

Valorização da educação

Investimento em tecnologia e inteligência

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