O que JEC e Figueirense precisam fazer para conquistar o título do Catarinense?

Figueirense e Joinville se encontram neste domingo para a batalha final do Campeonato Catarinense. O JEC chega com a vantagem da vitória no jogo de ida da decisão. No entanto, o placar de 2 a 1 lá na Arena Joinville faz com que o Figueirense precise apenas de uma vitória simples para inverter a situação e conquistar o título. A disputa será às 16h no Orlando Scarpelli. Quem é o favorito? O que cada concorrente precisa fazer para se tornar campeão? O time de jornalistas da RBS responde:

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O Figueirense, em muitas oportunidades desde que é treinado por Vinícius Eutrópio, mostrou a coragem dos vencedores. Em situações difíceis, arriscou e tentou sem perder a organização tática. Então, para conseguir a consagradora vitória, tem que se entregar de forma completa, corpo e alma, e confiar em seu ataque, que é extremamente qualificado.

Paulo Branchi – Narrador da CBN Diário

A marcação implacável é a maior arma do Joinville, é o que dá força coletiva ao time de Hemerson Maria. O contra-ataque é a principal opção ofensiva, principalmente com Edigar Júnio, já que o artilheiro Jael está suspenso e não enfrenta o Figueira. Se conseguir eficiência nestes quesitos, tem chance de conquistar a taça e acabar com um jejum de 13 anos.

O Figueirense tem muitas possibilidades ofensivas para a decisão com o seu trio ofensivo titular: Dudu, Ricardo Bueno e Éverton Santos. Outra arma do Furacão é a eficiência de Marcos Assunção nas bolas paradas e chutes de qualquer distância, que sempre podem ser decisivos. O único problema é que o Furacão precisa controlar a ansiedade, são 90 minutos em busca de uma vitória. Se conseguir, tem grande chance de conquistar o título e fazer a festa da torcida que lotará o Orlando Scarpelli.

Renato Semensati – Comentarista da RBS TV

O Joinville tem que armar a linha de quatro zagueiros para neutralizar as jogadas pelos cantos do Figueirense. Tem que tentar anular o Dudu e o Éverton Santos e forçar o adversário a chegar pelo meio, que é o ponto fraco do Figueirense. O time da Capital não tem um grande articulador de jogadas por ali. Foi o que Hemerson Maria fez no último jogo e deu certo.

O trio de ataque do Alvinegro precisa funcionar para a equipe de Vinícius Eutrópio ficar com o título. Com Marcos Assunção, o time também tem a qualidade nas bolas paradas e na bola alta na área, uma dificuldade da defesa do Joinville. Foi com os gols de cabeça que o Figueira conseguiu aquele 3 a 0 sobre o JEC na primeira fase do Catarinense. Assunção é um jogador fundamental. Com ele em campo, o Alvinegro fica em vantagem para a conquista do título, que seria o 16º na história do Estadual.

Lucas Balduino – Subeditor de Esportes do AN

O Figueirense tem ao seu lado um bom retrospecto em casa. É a equipe que mais pontuou como mandante e sempre balançou a rede quando atuou no Orlando Scarpelli. Precisa tomar cuidado com o lado emocional. Nos três jogos em que foi derrotado – Joinville (dois) e Avaí -, o Furacão mostrou estar muito pilhado e esqueceu de jogar futebol. Se tiver os nervos no lugar, pode passar pelo JEC porque tem um elenco capacitado.

O Joinville precisa ficar atento às bolas paradas e às bolas aéreas. Com Marcos Assunção em campo, certamente esta será a grande arma do Alvinegro e o Tricolor terá de ser eficiente para não voltar a sofrer com sua principal deficiência neste campeonato. E se o Figueirense se perder psicologicamente, o Joinville pode aproveitar a pressão pela vitória e pelo título para construir o resultado que precisa no Orlando Scarpelli.

Janniter de Cordes – Repórter da CBN Diário

O Joinville não pode vir com a ideia de que um empate basta. Se ele vier só para se defender, pode se complicar com o Figueirense. É como aquele ditado diz, a melhor defesa é um bom ataque e o JEC precisa vir com força e com cara de decisão. Ele não pode, nunca, vir só para se defender.

A palavra chave para o Figueirense vai ser paciência. Não pode se afobar, porque ai não vai funcionar. Eles têm um time equilibrado e têm que usar isso. Usar a experiência de Marcos Assunção, o poder de decisão de Ricardo Bueno e a qualidade de Éverton Santos. O time tem condições, só não pode entrar como aquele time que levou o 2 a 1 em Joinville