O feriado de Natal em Santa Catarina foi marcado pelo afogamento de uma menina de nove anos em um parque aquático localizado em Curitibanos, no Meio-Oeste do Estado. O acidente ocorreu no domingo à tarde (23), por volta das 15h30min, e a criança foi velada durante a tarde de segunda-feira (24). O sepultamento foi feito no mesmo dia no cemitério municipal São Francisco de Assis, em Curitibanos.
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Ainda não se sabe em quais circunstâncias ocorreu o acidente. No entanto, de acordo com o coronel Cesar Nunes, comandante da 1ª Região do Corpo de Bombeiros Militar, a criança se afogou em uma área denominada ‘complexo náutico’ do parque aquático. Esse local, descreve Nunes, é muito grande, contendo toboágua e cascatas de diferentes tamanhos.
— A circunstância da morte só a perícia do corpo vai apontar. O registro dela está como afogamento. Só no futuro pode ser dito se a morte foi causada por outra circunstância, como mal súbito, parada cardíaca ou choque em objeto. Tratamos como afogamento até se provar o contrário — explicou o coronel.
Parque tinha passado por vistoria recentemente
Nunes ainda esclarece que o parque onde ocorreu o incidente havia passado por uma vistoria dos bombeiros no começo do mês e que algumas irregularidades haviam sido constatadas. Isso deixou o parque sem atestado de funcionamento completo, já que ele estava, segundo a vistoria, regular com ressalvas.
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— Quase 95% da área estava em conformidade, faltavam pequenos detalhes como boias de sinalização. O certificado de guardião de piscinas eles apresentaram, tinham dois lá. O que aconteceu é que depois do dia 17 ele não solicitou uma nova vistoria e, se o prazo era dia 17 e ele não pediu uma nova vistoria, a presunção é de que ele está irregular com relação aquela área. Agora iremos verificar se a criança morreu naquela área — esclarece.
Bombeiros devem ir ao parque nesta quarta-feira
Está previsto para esta quarta-feira uma nova visita dos bombeiros ao parque aquático. Os agentes devem, segundo o coronel, verificar se as irregularidades apontadas na perícia dos bombeiros foram sanadas. Nunes pontua que não é o caso de interdição:
— A interdição para perícia é uma coisa, a interdição do bombeiro é outra. Não há por que fazer a interdição de todo o complexo. Há a possibilidade de aplicação de multa, independentemente do que ele pode vir a responder pela morte.
Por fim, Nunes contextualiza que, por conta da perícia do Instituto Geral de Perícias (IGP), o complexo teria ficado fechado na segunda-feira. O coronel explica que, em caso de morte violenta, como foi o da menina, é normal isolar o local.
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Procurado novamente pela reportagem, o responsável pelo parque aquático onde ocorreu o acidente afirmou que irá se manifestar sobre o ocorrido na manhã de quarta-feira (26).