A Polícia Civil de Joinville irá iniciar no começo da próxima semana a investigação sobre a morte do menino de sete anos que ocorreu na tarde desta sexta-feira, 30 de novembro, após um acidente na região Central de Joinville. A ocorrência foi registrada pela Central de Polícia de Joinville logo depois do acidente e será encaminhada para a 1ª Delegacia de Polícia, que é responsável pela região da cidade onde ocorreu o caso. O delegado Luís Felipe Fuentes irá assumir a investigação.

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Segundo o delegado Pedro Alves, da Central de Polícia, o carro levava dois adultos e duas crianças: o menino de sete anos e a irmã dele, uma menina de dez anos. Eles estavam acompanhados da babá e o carro era dirigido por um vizinho dela. O motorista, que não teve nome nem idade divulgados pela Polícia Civil, afirmou em depoimento que ele estava prestando um auxílio ao dar carona para a babá e as crianças, e que não era uma atividade que costumava realizar.

Eles haviam levado outra criança, parente da babá, até a escola e se dirigiam para a casa dela quando o acidente ocorreu. Eles seguiam pela rua Aquidaban, nas proximidades do número 700, em direção à rua Quinze de Novembro.

— O menino estava sentado atrás do banco do motorista, e nem ele nem a irmã estavam usando cinto de segurança na hora — afirmou o delegado.

Segundo o motorista informou no depoimento à polícia, chovia muito na hora do acidente. Ele disse que perdeu o controle do carro logo depois de passar por uma faixa de elevação que há na via, e que o carro deslizou na pista e bateu contra um veículo que estava estacionado.

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Com o impacto, o menino foi lançado para fora do carro e teve metade do corpo projetado para fora da janela, no lado do carona. O veículo capotou e ficou de lado na pista.

— Foi o próprio motorista que acionou os socorristas, ligando no 193. Isso foi por volta das 13h30 — contou o delegado.

Perícia irá avaliar o veículo

O menino foi levado para o Hospital Infantil de Joinville pelo Samu, onde chegou a ser atendido mas não resistiu aos ferimentos. A morte dele foi decretada por volta das 18h30 desta sexta-feira. Os outros ocupantes do carro não se feriram.

O motorista foi levado para a Central de Polícia. De acordo com o delegado Pedro, o homem estava bastante abalado e quase não conseguiu gravar depoimento. Ele passou pelo teste do bafômetro, que mostrou que ele não apresentava nenhum miligrama de álcool no organismo — a Polícia Militar, que atendeu a ocorrência, também confirmou que ele não apresentava nenhuma alteração no comportamento neste sentido. A documentação do carro e a carteira de habilitação também não apresentavam nenhuma irregularidade.

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Segundo a Polícia Civil, a perícia foi ao local do acidente para examinar o veículo, para confirmar como ocorreu o acidente e se o carro apresentava alguma condição que pode ter ocasionado a colisão. Até a manhã de sábado, o perito não havia repassado à delegacia se o carro possuía algum equipamento de segurança adequado à idade da criança — o Código Brasileiro de Trânsito determina que crianças de até 7 anos e meio devem sentar em um assento de elevação, e que de 7 anos e meio a 10 anos ou até 1,45 m de altura, só podem sentar no banco de trás, com cinto de segurança.

— O motorista só não foi preso em flagrante porque ele ficou no local e prestou socorro e, segundo o Código Brasileiro de Trânsito, nesse caso específico ela não é feita. Mas ele pode ser indiciado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) — informou o delegado.

O menino foi sepultado no Cemitério do Cubatão, no Distrito Industrial, às 16 horas deste sábado.