Tite tem visto e ouvido. A animação por causa do 3 a 0 na estreia é nítida. Torcedores, jornalistas, dirigentes… Os elogios são frequentes. O treinador, no entanto, mostra um certo desconforto com a comparação imediata com os antecessores na Seleção Brasileira. Tite coloca um pé no freio na euforia.

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— Não éramos tão ruins antes e não sou mágico, eu não fiz nada. O que fiz foi deixar um bom ambiente de trabalho e colocar jogadores em seus lugares — afirmou o treinador, em coletiva nesta segunda-feira, em Manaus, onde a Seleção enfrenta a Colômbia.

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— O grande desafio que temos é manter um padrão de atuação, daí para melhor. Dos diferentes itens táticos, técnico e emocional. A expectativa de um público achando que deve ter o melhor, um resultado igual ao do Equador, e não é assim — completou o treinador.

Mas fato é o Brasil foi completamente diferente do que vinha apresentando anteriormente. E Tite vai repetir o time titular. Tudo em nome da “memória tática”.

— Alguém falou no termo memória tática, achei legal. Colocar os jogadores nas funções para potencializar a memória tática, isso eu procuro fazer. E treiná-los. Eu pedi desculpas porque semana passada não dava para fazer trabalhos táticos, mas na terça vim trabalhado. E aí as coisas aconteceram. Por isso tenho que observar, estudar, falar com os técnicos — comentou o treinador.

Um dos itens elogiados é o ambiente leve que a Seleção ganhou. Inclusive isso foi alvo de destaque por parte do lateral Daniel Alves, que neste ano completa 10 anos vestindo a amarelinha. Segundo Tite, é uma estratégia para que os jogadores possam render ao máximo.

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— Eu sou assim, fui assim no meu primeiro clube. Estou reproduzindo na Seleção o que fiz no Guarani de Garibaldi porque entendo que um bom ambiente de trabalho potencializa o lado profissional. É uma convicção. Os resultados ajudam, mas se tiver isso em mente, estaremos sempre mais próximos deles — emendou.

*LANCEPRESS