Santa Catarina foi destaque no ranking do Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) de 2023, com Florianópolis (2º) e Joinville (3º) no top 3, além de Blumenau na 13º posição. Cada município se destacou em quesitos diferentes, mas todos têm um ponto positivo em comum: a inovação.

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O índice analisa as 101 maiores cidades do país e considera sete quesitos: ambiente regulatório, infraestrutura, mercado, acesso a capital, inovação, capital humano e cultura empreendedora.

— Nenhum indicador sozinho é suficiente para mensurar um determinante, mas todos os indicadores representam aspectos relevantes para explicar as condições para desenvolvimento do ecossistema empreendedor. Nessa divisão são mais de 50 variáveis envolvidas […] É importante destacar que todas as informações utilizadas na criação dos indicadores foram obtidas de fontes públicas e oficiais, aumentando a confiabilidade do ICE — destaca o economista Ralf Ehmke.

Para o especialista, o aspecto que mais se destaca nesse ranking é a posição de Blumenau (8º) em Inovação, bem próximo de Florianópolis (1º) e Joinville (7º.).

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Neste quesito, são levados em consideração indicadores como: Proporção de Mestres, Doutores e funcionários em Ciência e Tecnologia, infraestrutura tecnológica, além do tamanho das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), fatores que se destacam nos três municípios.

Além de Inovação, Florianópolis também liderou o quesito de Capital Humano. Para a prefeitura da Capital, alguns programas que ajudam empresas e promovem capacitação de mão de obra, como programas como o Floripa Mais Empregos, que une empresas, oportunidades de trabalho e cursos com o público interessado, e o Floripa Mais Tec, que capacita gratuitamente jovens e adultos de baixa renda em tecnologia.

— Nossa cidade desenvolve canais facilitadores, auxiliando pessoas a encontrar emprego ou até mesmo ampliar o conhecimento através de cursos gratuitos e com certificação. Além disso, as iniciativas promovem o desenvolvimento socioeconômico de Florianópolis — relata o secretário executivo de desenvolvimento econômico, ciência e tecnologia, Juliano Richter Pires.

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Já o melhor desempenho de Joinville foi em Ambiente Regulatório (2º), onde são avaliados fatores como redução da burocracia, tempo para andamento dos processos e tributação.

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O secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação de Joinville, Fernando Bade, aponta a desburocratização na abertura de empresas com uma das principais ações que fez a cidade chegar ao destaque do ranking.

— As novas tabelas de risco, alteração no zoneamento de algumas áreas em que as empresas podem ser instaladas, ações ligadas à inovação como a tecnologia 5G e a Lei das Startups. Isso tudo somado fez com que a cidade se transformasse em um ambiente ainda mais agradável para os negócios — detalha.

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