Emergências lotadas a poucos dias do Carnaval. Este é o cenário dos principais hospitais de Florianópolis, que nesta quinta-feira (7) passaram da marca de 80% de ocupação nos leitos de enfermaria. O motivo desta lotação pode ter relação com o aumento da população durante o verão.

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Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que os hospitais Governador Celso Ramos e Hospital Regional de São José trabalham no sistema porta aberta, recebendo os mais diversos pacientes.

Além do aumento da população nesta época do ano (dados do governo do Estado indicam um acréscimo de 2,5 milhões de pessoas na Grande Florianópolis), casos de trauma (acidentes de trânsito, principalmente) demandam mais das emergências.

Casos de insolação, vômitos, sintomas gripais e de dengue também lotam as emergências. Há também os casos de pacientes que evoluem e precisam de internação, sobrecarregando também os leitos.

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Na véspera do Carnaval, Florianópolis está com emergências dos hospitais superlotadas

Segundo o painel de leitos governo do Estado, a ocupação na enfermaria do Hospital Regional de São José está em 91,98% nesta quinta-feira (7). Já no Hospital Celso Ramos, este índice é de 88,36%. No Hospital Universitário (HU), a ocupação é de 88,17%.

A reportagem tentou contato com o HU, mas não teve os questionamentos respondidos até a publicação desta reportagem.

O que está sendo feito

Ainda em nota, a SES informou que no Hospital Governador Celso Ramos, foram reabertas, nesta terça-feira (6), duas salas cirúrgicas, ampliando em 30% a capacidade de atendimento. Além disso, a sala do trauma foi reestruturada.

Já no Hospital Regional de São José, a pasta iniciou nesta quarta a instalação das estruturas modulares para ampliação do setor de emergência da unidade. Mais uma sala cirúrgica também foi aberta, para atender o aumento no número de internações para cirurgias ortopédicas nos últimos anos, em virtude de traumas causados por acidentes. O Hospital Regional registrou um acréscimo no quantitativo que passou de 140 cirurgias ortopédicas mensais antes da pandemia de Covid-19 para cerca de 400 atualmente.

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Alguns pacientes também estão sendo encaminhados para hospitais de retaguarda, para desocupação dos leitos nas unidades principais.

Casos menos urgentes

Nos últimos 30 dias, segundo a SES, dos 12.505 pacientes atendidos na emergência do Hospital Regional, 4.858 foram classificados com baixa complexidade. Conforme a pasta, os casos poderiam ser resolvidos em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA), níveis de menor complexidade.

“Entretanto, por diversas razões, o usuário opta por procurar uma unidade de alta complexidade, impactando em uma sobrecarga da mesma”, diz a nota.

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