Uma mancha alaranjada na orla da Baía Sul de Florianópolis chamou a atenção dos moradores da Capital nesta terça-feira (16). O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (IMA) foi acionado com informações preliminares de que seria um vazamento de óleo, contudo, após análises, as equipes constataram que se trata do fenômeno Maré Vermelha.

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O fenômeno é caracterizado pela proliferação de microalgas que liberam toxinas capazes de contaminar a água e o ar. 

Para confirmar que se tratava de uma floração de microalgas e não da presença de um poluente (como óleo ou outros produtos químicos), o IMA, com apoio da Capitania dos Portos, coletou amostras na superfície da água em locais onde a mancha estava concentrada. 

Na nota técnica divulgada pelo IMA, o oceanógrafo Dr. Carlos Eduardo Tibiriçá explica que não existe um único fator responsável por causar a multiplicação de células, mas uma combinação de fatores meteorológicos e oceanográficos. 

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“A maré vermelha está ocorrendo praticamente em todo o litoral catarinense, sendo um evento de grande escala similar ao ocorrido no ano de 2016. Tivemos um outono muito chuvoso, condição que pode provocar esse tipo de evento, cuja duração pode perdurar por semanas ou até poucos meses”, diz o oceanógrafo na nota. 

Veja as fotos da Maré Vermelha

Atenção na hora de consumir ostras e mexilhões 

Outras espécies de dinoflagelados também estão presentes na Baía Sul, conforme pode ser observado nas amostras das manchas e também no monitoramento realizado pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC) e avaliadas no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). 

De acordo com o monitoramento da CIDASC, que leva em consideração amostra não somente da superfície, mas de toda a coluna d’água, está ocorrendo floração também do dinoflagelados Dinophysis spp

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As espécies são produtoras de toxinas diarréicas e, portanto, é recomendado atenção especial no monitoramento da CIDASC, através do Programa Nacional de Controle Higiênico-Sanitário de Moluscos Bivalves (PNCMB), na hora de consumir ostras e mexilhões produzidos no litoral catarinense. 

De acordo com o IMA, as espécies encontradas nas amostras  não são reconhecidas por causarem problemas aos humanos devido ao banho na água contaminada. A atenção, conforme o órgão, deve ser voltada ao consumo de moluscos bivalves. A lista com as ostras e mexilhões afetadas pela toxina pode ser encontrada no site da CIDASC.

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