O dólar vem registrando nova alta nas últimas semanas no país. Nesta terça-feira (2), a moeda norte-americana atingiu a marca de R$ 5,70, patamar alcançado pela última vez em janeiro de 2022. No primeiro semestre, o dólar já registrou alta de 15% no país.

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Os principais motivos apontados por economistas que estariam causando a escalada do dólar envolvem a política econômica brasileira. Entre elas, a mudança na meta fiscal para 2025, que alterou a previsão de superávit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para uma estimativa de déficit zero; o apelo por corte de gastos; e as manifestações recentes do presidente Lula sem firmar compromissos com o tema teriam influência na conjuntura econômica.

A indefinição sobre o futuro presidente do Banco Central, que será indicado por Lula até dezembro e vai substituir o atual chefe Roberto Campos Neto, é outro motivo de incertezas que estariam pressionando a cotação da moeda norte-americana no Brasil. O presidente Lula tem feito críticas nos últimos meses à não redução dos juros por parte do Banco Central, o que levanta dúvidas sobre qual será a linha de atuação do futuro presidente do Banco Central.

Como foi a oscilação do dólar em cada gestão presidencial e o impacto nas Eleições 2022

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Por fim, fatores externos também são apontados como possíveis razões para a alta do dólar. A incerteza por conta da eleição presidencial norte-americana, que ocorre em novembro, também deve contribuir para manter a moeda americana em alta nos próximos meses. O receio de economistas é de que o comportamento do câmbio possa resultar em uma inflação maior nos próximos meses no país.

A alta do dólar tem preocupado o governo federal. Em entrevista a uma emissora de rádio nesta terça-feira, Lula afirmou que o governo federal fará “alguma coisa”, mas sem detalhar ações. Uma reunião está prevista para esta quarta-feira (3) para definir medidas por parte da União para conter a escalada da moeda americana.

O que explica a disparada do dólar, que atingiu marca de R$ 5,70 após dois anos

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