A paralisação que pegou moradores de Blumenau de surpresa nesta quinta-feira (7) teve como pano de fundo a demissão de um integrante do sindicato da categoria, sustentou a entidade. Representantes fizeram a manifestação no Terminal do Aterro até por volta das 5h, o que atrasou a saída dos ônibus em todas as regiões da cidade.

Continua depois da publicidade

Inscreva-se e receba notícias pelo WhatsApp do Vale do Itajaí

De um lado, o Sindetranscol conta que há 10 dias a Blumob demitiu o único dirigente negro do sindicato, em uma suposta tentativa de “enfraquecer” a categoria. Os trabalhadores dizem que tentaram reverter a situação, mas sem sucesso.

Além disso, o sindicato alega que o homem foi escolhido a dedo porque exigia melhorias para o ambiente de trabalho. Como exemplo, citou a cobrança feita pelo colaborador sobre a instalação de um portão de segurança na garagem onde ele trabalhava e já teria sido vítima de furto.

Na outra ponta, a empresa ressaltou que tem direito de demitir um funcionário, algo previsto em lei. Também contestou o fato do homem ser um dirigente, o que lhe daria estabilidade, e garantiu que o colaborador na verdade era suplente do Conselho Fiscal do Sindetranscol.

Continua depois da publicidade

“O desligamento individual de um empregado, seja qual for, por certo, não se enquadra na natureza de um tema coletivo, havendo desvio da finalidade sindical no uso da entidade de interesse social, por meio de seus instrumentos de defesa coletivos, nos arranjos de interesses individuais de um empregado”, criticou a Blumob.

Por fim, a concessionária citou não haver nenhum problema em relação às condições de trabalho nos terminais. Sobre a paralisação em si, a empresa pretende tomar as “medidas legais cabíveis contra os abusos e ilegalidades”.

O que diz a prefeitura

Em nota, a prefeitura disse que foi tão pega de surpresa quanto a população. Através da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes, o governo afirma que vai “apura as informações sobre o ocorrido” e “notificar a empresa pela paralisação do serviço e, se esta infringir as regras contratuais, poderá inclusive aplicar uma multa, ação já prevista em contrato”.

“A administração pública não apoia esse tipo de abordagem que interfere no atendimento de serviços tão importantes para os munícipes quanto o transporte coletivo”, diz ainda o texto.

Continua depois da publicidade

Leia mais

Drones com reconhecimento facial identificarão bandidos no Réveillon de Balneário Camboriú