As candidaturas ao governo de SC entram na última semana do segundo turno das Eleições 2022 dispostas a reforçar compromissos assumidos no decorrer da campanha. Jorginho Mello (PL) chega à reta final da corrida eleitoral com o desafio de manter a vantagem apontada em pesquisas como a do instituto Ipec desta semana. Já Décio Lima (PT) busca nestas últimas agendas reverter o favoritismo do atual senador.
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A assessoria de Jorginho Mello informou que a agenda do candidato na última semana até o momento prevê reuniões em Florianópolis, gravação dos programas finais da propaganda eleitoral e preparação para os debates.
Sobre as estratégias a serem adotadas, a coordenação da campanha informa que a ideia é reforçar compromissos neste período em que o eleitor costuma prestar mais atenção à eleição estadual. A tática é focar em temas e propostas que têm maior prioridade na pauta do candidato, como educação, saúde, infraestrutura, agronegócio e direitos das mulheres. Alguns desses temas já foram abordados esta semana no horário eleitoral do candidato.
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Apesar disso, a candidatura não descarta respostas ou materiais com críticas a Décio. Essa abordagem é vista menos como uma forma de tentar migrar eleitores petistas e mais como uma forma de reforçar o discurso de quem já decidiu pelo voto no candidato do PL.
Jorginho pretende reforçar o apelo para o eleitor ir às urnas, o que pode reduzir o índice de abstenção no segundo turno. O desafio é importante principalmente para buscar uma votação expressiva de Bolsonaro no Estado, que pode ajudá-lo na acirrada disputa nacional.
A campanha de Décio Lima foi procurada pela reportagem, mas informou que “optou por não falar sobre estratégia”. Sobre os compromissos do candidato na última semana, a única informação foi a possibilidade de um evento com o candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e com a ex-candidata à Presidência da República pelo MDB, Simone Tebet. A agenda, no entanto, não está confirmada.
No horário eleitoral desta última semana, Décio manteve o tom de críticas contra Jorginho falando sobre a relação do candidato do PL com outros governos, inclusive petistas. Também criticou casos de assédio eleitoral registrados em empresas de SC, com suposta pressão de empresários pelo voto presidencial em Bolsonaro. Também houve programas sobre polêmicas envolvendo religião e os candidatos Lula e Bolsonaro.
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A reta final da disputa para presidente
Na campanha presidencial, Lula e Bolsonaro também se organizam para a última semana de campanha antes do segundo turno. A tendência é de que ambas as candidaturas concentrem esforços principalmente no Sudeste, que concentra 42% do eleitorado do país. Estados como Minas Gerais e São Paulo, os dois maiores colégios eleitorais do país, têm papel estratégico. No primeiro turno, Lula venceu em Minas e Bolsonaro, em São Paulo, mas os concorrentes tentam estratégias para aumentar a participação nesses locais. Bolsonaro, por exemplo, já esteve quatro vezes no estado mineiro no segundo turno e já anunciou que pretende retornar na última semana.
Na estratégia de campanha, a tendência é de uma manutenção na linha de ataques entre os dois candidatos e discussões sobre a chamada pauta de costumes, com temas como liberdade religiosa, aborto e criminalidade, além de corrupção e gestão da pandemia. O debate da TV Globo, marcado para a sexta-feira (28), é outro compromisso da reta final de campanha e voltará a colocar frente a frente os presidenciáveis às vésperas do segundo turno.
Vídeo explica tudo sobre o segundo turno das Eleições 2022
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