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(Foto: NSC Total)

O objetivo de uma aceleradora é apoiar startups com um modelo de negócios definido para se desenvolver e crescer. Para isso, os programas de aceleração costumam fazer uma chamada pública, selecionar um grupo de empresas para um programa intensivo de 3 a 6 meses, oferecer mentorias qualificadas e apresentar as startups para investidores e imprensa. Entre os exemplos de aceleradoras no setor de tecnologia temos a Darwin (Florianópolis), a Spin (Jaraguá do Sul) e aceleradoras americanas que já apoiaram mais de 1.000 empresas cada, como a Y combinator, a 500 startups e a Techstarts.

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Também é possível usar esse instrumento de aceleração para ajudar negócios de impacto positivo a crescer. Nestes casos, as aceleradoras de impacto estão em busca de dois retornos: o retorno financeiro (tipicamente mais baixo que o de empresas de tecnologia) e o impacto positivo, ou seja, a solução de um problema socioambiental relevante.

No Impact Hub, adotamos os Objetivos de Desenvolvimento Sustententável (ODSs) da ONU como definição de impacto. Afinal, eles são um grande consenso mundial do que precisamos alcançar coletivamente até 2030 para viver bem. Neste espírito, o Impact Hub Genebra criou junto com a ONU o Accelerate 2030, um programa de aceleração para negócios de impacto em mercados emergentes.

No Brasil, foram 364 negócios inscritos para a edição 2019 do programa, vindos de 12 Estados. 35 deles foram selecionados seguindo os critérios de contribuição direta e intencional aos ODSs, potencial de escala e equipe talentosa (conforme a imagem acima). Entre eles estão a Portabilis, startup de tecnologia que ajuda os governos municipais a aumentar o impacto das políticas públicas de educação e assistência social; a Cíngulo, que desenvolveu um aplicativo de terapia guiada para ansiedade, estresse, autoestima, insegurança, ânimo e foco; e a ManejeBem, rede social para agricultores com objetivo de difundir a agricultura sustentável e contribuir para conexão da cadeia produtiva de alimentos.

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Portanto, uma aceleradora de impacto ajuda negócios que resolvem problemas socioambientais a escalar. Elas estão baseadas na crença de que o empreendedorismo pode ser uma força fundamental para transformação, seja na educação, na saúde, na agricultura ou em outro dos nossos grandes desafios enquanto sociedade global.

*Gabriela Werner é CEO da Impact Hub Floripa.