A maconha (cannabis sativa) é uma das drogas ilícitas mais utilizadas em todo o mundo. O consumo da droga fica atrás apenas do álcool e do cigarro. Devido à grande disseminação de seu consumo para fins recreativos, autoridades vêm percebendo uma variação significativa nos tipos de plantas apreendidas, como por exemplo, a supermaconha. 

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Especialistas indicam que, por meio de cruzamento entre diferentes espécies, os produtores – não somente traficantes, mas também aqueles situados onde a maconha é legalizada – conseguem chegar a produção de plantas cujos efeitos psicoativos são potencializados.

A chamada “supermaconha”, por exemplo, seria o resultado mais notável desse trabalho. Seus efeitos são consideravelmente mais fortes em relação a maconha convencional, fator que leva a droga a ser bastante cobiçada por consumidores, que chegam a pagar até R$ 150,00 por um grama da planta.

Os riscos à saúde, naturalmente, são proporcionais aos efeitos psicoativos da droga, chamando a atenção das autoridades em todo o país, que alertam para os perigos associados a seu consumo.

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O que é a supermaconha?

A chamada supermaconha leva o nome de skunk ou skank, forma como a palavra é grafada em português. Sua produção acontece em estufa, a partir do cruzamento genético entre diferentes espécies da cannabis sativa.

Seu efeito é até sete vezes superior aos da maconha tradicional por apresentar uma elevada concentração de THC (tetraidrocanabinol), substância psicoativa responsável por gerar excitação, alucinações, entre outros tipos de repercussões orgânicas.

3 curiosidades sobre o skunk

Vejamos, então, 3 curiosidades relacionadas ao skunk.

Produção

O skunk, possivelmente, teve origem nos Estados Unidos e foi difundido pelo mundo graças a produtores holandeses, pelo fato da maconha ser legalizada naquele país. Sua produção acontece em ambiente controlado, onde as condições de humidade, temperatura e disponibilidade de oxigênio são monitoradas rigorosamente.

As sementes, como já dito, advém do cruzamento genético de diferentes espécies com o objetivo de se obter uma elevada concentração de THC, que no skunk chega a 14% da composição da planta. Na maconha considerada convencional, esse percentual não chega a 3%.

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Efeitos

O skunk provoca os mesmos efeitos da maconha tradicional, porém, com muito maior capacidade de entorpecimento. Neurotransmissores, como a dopamina e a serotonina, são diretamente afetados, provocando excitação, alterações no apetite, lapsos de memória e alterações motoras.

Riscos

Pelo elevado nível de concentração de THC, o consumo de um cigarro de skunk já seria suficiente para causar danos irreversíveis no organismo de uma pessoa. Entre os principais efeitos colaterais que representam risco a saúde, temos:

  • Alterações na serotonina e dopamina presentes no organismo.
  • Dificuldade de concentração.
  • Danos nos neurônios.
  • Lapsos de memória.
  • Afeta a coordenação motora do indivíduo.
  • Aumento do apetite por doces.
  • Alucinações.
  • Distúrbios de percepção do espaço e do tempo.
  • Pupilas dilatadas.
  • Excitação.
  • Ansiedade e inquietação.
  • Dependência química.

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Plantação de supermaconha é descoberta no litoral de SC

Embora o skunk seja comumente importado de outros países para o Brasil, tem sido cada vez mais comum a apreensão de plantações da droga em solo nacional. O caso mais recente aconteceu no litoral de Santa Catarina, na cidade de Penha.

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Na ocasião, 66 mudas da planta foram apreendidas junto outras 81 plantas de maior porte. Além da plantação, encontrou crack, maconha, cocaína, balanças de precisão e armas. Dois homens foram presos. Um, foi indiciado como responsável pelo cultivo, enquanto seu comparsa foi flagrado na região do bairro Nossa Senhora de Fátima vendendo drogas.

Após a abordagem do comerciante, que é do ramo de materiais de construção, os policiais encontraram o laboratório em um cômodo, que estava equipado com estufas, vasos, luminárias especiais e equipamentos diversos para o cultivo da droga, bem como plantas e porções de skunk separadas por qualidade e pureza.

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Outras apreensões pelo país seguem o mesmo padrão

A polícia vem percebendo um mesmo padrão nas apreensões de supermaconha realizadas pelo país. Em geral, uma residência em zona urbana é utilizada para o cultivo em estufa da planta. Equipamentos sofisticados são empregados na produção de luz artificial, controle de ar e temperatura.

Uma das grandes vantagens do cultivo realizado nessas condições tem a ver com a velocidade de desenvolvimento da planta e, principalmente, seu tamanho. Enquanto uma planta da espécie de cannabis sativa comum chega a medir 1,8 m, a planta cultivada em ambiente controlada mede apenas 30 cm.

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No final de 2021, por exemplo, a Policia Civil de São Paulo identificou um laboratório no litoral santista onde foram encontrados diversos equipamentos, como tubulação de PVC para irrigação das plantas, termômetro digital, timer e oxigenador com mangueira. Na mesma apreensão ainda foram encontradas diversas espécies de sementes, inseticidas e fertilizantes.

A ação da polícia aconteceu na casa de um comerciante da região, do ramo de materiais de construção, que confessou fornecer a droga para o Primeiro Comando da Capital, o PCC. Após ser autuado em flagrante, ele foi removido à cadeia anexa ao 5° Distrito Policial (Bom Retiro).

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